A Nissan está em um momento crítico, enfrentando sérios desafios financeiros e buscando ativamente um novo investidor âncora para garantir sua sobrevivência. De acordo com um executivo da empresa, a marca pode ter entre 12 a 14 meses para reverter sua situação antes de atingir um ponto de ruptura.
As dificuldades incluem cortes significativos, como a eliminação de 9.000 postos de trabalho, a redução de 20% da capacidade de produção global e a venda de suas ações na Mitsubishi. A Nissan também atrasou o lançamento de novos modelos, em uma tentativa de reduzir custos e ajustar sua estrutura operacional.
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Enquanto a empresa busca uma recuperação financeira, o papel da Renault, que já foi uma das principais acionistas da Nissan, está se tornando cada vez mais relevante. A montadora francesa está gradualmente reduzindo sua participação na japonesa, que já foi superior a 40% e agora está abaixo desse patamar.
Este movimento ocorre em meio a um processo de reestruturação da aliança entre as duas empresas. A Renault parece estar distanciando-se da Nissan, o que aumenta a pressão sobre a montadora japonesa para encontrar uma nova fonte de apoio financeiro.
Além disso, a Nissan está em negociações com a Honda, que recentemente anunciou uma joint venture com a marca japonesa para co-desenvolver veículos elétricos. Essa parceria, entretanto, levantou questões sobre o futuro da Nissan e seu papel no mercado global de automóveis.
O ex-CEO da Nissan, Carlos Ghosn, já havia feito uma previsão ousada em agosto, sugerindo que a Honda poderia acabar adquirindo a Nissan de forma disfarçada. Ghosn afirmou que, a menos que ocorra uma aquisição da Nissan e da Mitsubishi pela Honda, a parceria não teria muito futuro.
Com o cenário atual, a Nissan precisa urgentemente encontrar um novo investidor, ou até mesmo um comprador, que possa proporcionar a estabilidade financeira necessária para manter a empresa em operação.
Volks em crise
A montadora, em crise, diz que terá que fechar duas fábricas – os primeiros fechamentos em sua história – para cortar custos diante de uma redução de 500.000 unidades na demanda anual. Com base em informações do jornal The Guardian, uma das fábricas seria uma unidade de fabricação de automóveis e a outra uma fábrica de peças.