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Ainda vale a pena comprar um carro a diesel no Brasil?

O brasileiro tem acompanhado atônito as frequentes variações no preço dos combustíveis. Não vamos entrar no mérito dos reajustes ou suas razões econômicas e políticas, mas o fato é que se te dissessem, há alguns meses, que o preço do diesel estaria bem superior ao da gasolina você acreditaria? Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), nesta semana o preço médio da gasolina comum no país é de R$ 6,07, enquanto do diesel S10 é de R$ 7,58. Isso significa que para encher um tanque de gasolina você gastaria em média R$ 303,50 e R$ 379 se você tiver que usar o óleo.

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Sabemos que a escolha pelo diesel não passava necessariamente pelo custo mais baixo que o derivado do petróleo registrava. A durabilidade do motor e a robustez dos veículos – geralmente com tração 4×4 e capacidade off-road – fez muita gente apostar no diesel.

Só que os tempos mudaram e as montadoras estão de olho nisso. Antes mesmo da virada dos preços, a Jeep abandonou o diesel na linha do Renegade 2022, mas manteve versões 4×4 com todas as tecnologias voltadas para o fora de estrada, só que puxados pela motorização turboflex.

Na época do lançamento, muita gente reclamou da saída das versões a diesel no Renegade, mas os executivos da Jeep justificaram a retirada devido a mais simples lei do mercado: não tinha demanda que justificava a oferta da motorização a óleo. Apenas cerca de 7% das vendas eram de versões movidas a diesel.

E agora com essa mudança nos preços, que pode ser um caminho sem volta, os executivos e engenheiros das montadoras devem estar atentos ao movimento e procura nas concessionárias.

Não estamos cravando ou sequer supondo que as grandes marcas vão abandonar as versões a diesel. Isso vai demorar um pouco e o caminho da eletrificação é a razão para essa mudança e não necessariamente o preço dos combustíveis.

Tem um segmento específico que deverá usar o óleo por muito tempo, que é o das picapes médias. Houve um movimento há poucos anos de marcas de tirarem do mercado as versões flex e manterem apenas os utilitários a diesel. Será que essa tendência dará uma virada 180º?

Acho que antes disso, o que acontecerá com as principais marcas será a oferta de picapes menores, como Toro, Maverick, Oroch… Nas médio compactas os motores flex ou só a gasolina vão reinar. Não estranhe se num futuro próximo a líder Toro siga os mesmos passos do primo Renegade. E vale lembrar que outros players vão entrar nesse segmento até 2024.

Híbridas e elétricas
No segmento do alto padrão o diesel já vinha perdendo espaço para as versões híbridas e elétricas. Esse é o caminho natural do segmento automotivo no mundo e, mais tarde, no Brasil. Não vai demorar muito para a gente está discutindo aqui o preço das recargas dos carros dependendo da variação do preço da energia e suas bandeiras tarifárias. Essa virada já está acontecendo.

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