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Teste do Detran revela: pão de forma com álcool pode acusar no bafômetro

Quem nunca comeu um pãozinho de forma e já correu para ir trabalhar? Pegar o carro, dirigir após comer alguns tipos de pães, no entanto, pode ser um risco. Segundo um estudo da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), algumas marcas apresentaram teores de álcool.

Além de ser um resultado preocupante para a saúde de grávidas e bebês, ainda é possível tomar um multa por dirigir sob efeito de álcool.

“De acordo com as comparações da análise, ao ingerir duas fatias de pães com maior teor alcoólico, como os da Visconti e Bauducco, os motoristas poderiam testar positivo no aparelho, considerando os limites estabelecidos pelo Detran”, diz a Proteste.

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O Detran de Goiás realizou o teste na prática e comprovou. Uma mulher comeu duas fatias de pão da marca Visconti e realizou o teste que deu 0,12 mg. No entanto, em um segundo teste mostra que o álcool presente no alimento não é absorvido pelo pulmão, portanto após 3 minutos comer o pão, já seria possível dirigir.

Por outro lado, o agente e instrutor de trânsito do Detran-PE Eduardo Alves, diz que a orientação do órgão é evitar o consumo desses alimentos. “Orientamos que não corra o risco de assumir a direção. Se for algo que fica na mucosa da boca, basta aguardar um tempo. Mas se entrar na corrente sanguínea, o condutor está assumindo o risco em conduzir”, detalha o agente.

A multa para quem for pego no teste do bafômetro é considerada gravíssima e ainda terá que desembolsar R$ 2.934,70. Além disso, o condutor perde o direito de dirigir por um ano. Em casos mais graves, com alto teor alcóolico, o motorista também pode ser encaminhado à delegacia e responderá criminalmente.

De acordo com a Proteste, as empresas envolvidas como Bauducco, Visconti, Wickbold e Panco, defenderam seus processos de fabricação, alegando seguir todas as normas e regulamentos vigentes.

O estudo
O estudo analisou dez marcas de pão de forma, incluindo Visconti, Bauducco, Wickbold e outras. Apenas quatro marcas apresentaram teores de etanol abaixo de 0,5%, o limite para não serem classificadas como alcoólicas. Um lote da Visconti, por exemplo, apresentou 3,37% de teor alcoólico, enquanto a Bauducco registrou 1,17%.

Houve variação nos teores alcoólicos entre lotes da mesma marca. Pães da Bauducco, por exemplo, variaram de 1,17% a 0,66%. A variação é atribuída ao processo de armazenamento e validade dos produtos. A Proteste considerou o maior valor registrado para cada marca ao compilar os resultados.

Além disso, a Proteste revelou que pretende enviar os resultados do estudo ao Ministério da Agricultura e à Anvisa, sugerindo a criação de limites para o teor alcoólico em pães de forma.

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