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Neta Auto enfrenta crise na China e patina em vendas no Brasil

A Neta Auto, marca chinesa de carros elétricos da Hozon, atravessa um dos momentos mais difíceis desde sua fundação, em 2014. Imagens recentes que circularam nas redes sociais e sites automotivos da China, mostraram funcionários retirando, durante a madrugada, o logotipo da empresa da fachada de sua sede em Xangai. 

A Neta confirmou a remoção e justificou que o contrato de aluguel do imóvel havia chegado ao fim, mas não informou o novo endereço da sede.

A retirada do letreiro ocorre em meio a uma crise que combina dificuldades financeiras, disputas internas e rumores de falência. De acordo com fontes ligadas à empresa, acionistas estatais da Hozon pressionam pela saída do fundador Fang Yunzhou, que atualmente ocupa os cargos de CEO e presidente do conselho.

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No Brasil, o cenário também é desafiador. Segundo apuração da reportagem com fontes do setor e concessionárias, a Neta conta hoje com cerca de 800 veículos no país (parte já nacionalizada, parte ainda em processo de liberação alfandegária). Todos estão concentrados no porto de Cariacica, no Espírito Santo.

A operação brasileira da marca é modesta: há apenas uma loja física e duas unidades localizadas em shoppings. Os veículos já são ofertados com condições agressivas de preço, incluindo bônus de R$ 25 mil válidos para valorização de usados, pagamento de IPVA ou seguro. 

Além disso, os carros da Neta vêm acompanhados de carregador portátil e carregador de parede gratuitos, e as cinco primeiras revisões também são oferecidas sem custo.

Apesar dos incentivos, os números ainda são discretos. Desde a estreia no país, foram vendidas apenas 46 unidades, volume considerado baixo diante das expectativas. 

Para efeito de comparação, a Seres, outra marca chinesa de elétricos, emplacou apenas 11 veículos em seu período no Brasil. Mas saiu de cena. Com problemas no mercado doméstico e uma estreia contida no Brasil, o futuro da Neta permanece incerto, tanto no exterior quanto por aqui. 

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