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Mini terá um novo futuro segundo o Head de Design Exterior da marca

Desde julho deste ano a Mini tem um novo Head de Design Exterior, o polonês Thomas Sycha de 55 anos. Segundo ele, os automóveis sempre o fascinaram. Apesar de ter crescido em um local onde a profissão de designer de automóveis não existisse, Sycha começou estudando arquitetura e depois descobriu quais universidades ofereciam diplomas em design automotivo.

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Para o designer, a marca já possui várias características que continuarão mudando. “Estamos sempre pensando no que mais pode ser adicionado ao carro, porém acredito firmemente que um Mini manterá sua expressão simpática. Para exagerar um pouco: mesmo que se tornasse um veículo autônomo, a experiência sempre seria muito pessoal e irradiaria simpatia”, afirma.

Apesar do onipresente processo de digitalização, ou mesmo precisamente por causa disso, Sycha acredita que a fabricante definitivamente permanecerá emocional no futuro. “Talvez, no futuro, um Mini dê as boas-vindas a seu motorista pelo lado de fora – já que possui superfícies de projeção de mídia ativas no exterior. O interior também oferecerá possibilidades completamente novas de personalização por meio da digitalização”.

Para Sycha, a mobilidade elétrica representa um salto tecnológico que envolve requisitos técnicos completamente diferentes. O sistema de acionamento é relativamente pequeno, mas o sistema de armazenamento de energia ainda é muito grande. Isso significa que temos requisitos significativamente diferentes em termos de espaço de instalação, o que ao mesmo tempo dá a oportunidade de repensar as proporções do carro.

“É claro que queremos continuar criando um estilo Mini típico. O Mini Cooper SE já mostra a direção que isso pode tomar, como um primeiro pequeno passo. Combina o rosto familiar da marca com uma estética renovada que parece mais limpa e silenciosa. Sua seção frontal é quase completamente fechada, pois não há componentes que precisem ser resfriados e nenhum outro componente que precise ser resfriado em outro lugar, em comparação com o modelo à combustão. As superfícies claras e generosas conferem uma aparência moderna. Ao mesmo tempo, eles melhoram a aerodinâmica, aumentando assim o alcance”, afirma.

Segundo o executivo, os efeitos da direção autônoma no design de um Mini no futuro serão semelhantes aos da eletromobilidade, mas sua aparência será significativamente diferente. “Naturalmente, a parte interna em particular mudará significativamente, simplesmente porque de repente você tem a oportunidade de fazer algo diferente enquanto viaja. Mas essa mudança também será refletida do lado de fora”.

Como exemplo, o executivo menciona o “rosto” típico do Mini, por exemplo. “Hoje existem dois olhos redondos e amigáveis para os faróis. Mas isso pode ser objeto de debate no futuro quando os veículos dirigirem autonomamente. Afinal, os faróis existem apenas para que nós, como motoristas, possamos ver adiante. Um veículo autônomo não precisará mais deles. Em vez disso, usará um grande número de sensores que precisam ser integrados. Também podemos repensar as superfícies das janelas. Quando eu quero ou preciso ver algo, quando não é esse o caso? O veículo pode se adaptar à situação”.

A mudança parece ser ambiciosa para uma marca que é conhecida, principalmente por seu design marcante. Será que vai ser aprovado pelo público cativo?

Outro ponto de destaque é a conectividade que facilitará muito a mobilidade para o futuro. “Hoje falamos muito sobre o uso futuro da inteligência artificial para apoiar as pessoas enquanto elas dirigem – seja para executar tarefas de direção ou outras atividades, como reservar um hotel. Mas existem possibilidades no exterior também. No caso de mobilidade compartilhada, personalizações do veículo também serão possíveis. Basta que ele esteja conectado. A aparência do veículo – as cores externas, por exemplo – pode mudar mesmo com ele em movimento”, lembra o executivo que esse cenário foi sugerido no Mini Vision Next 100 há três anos.

“Estamos falando de superfícies ativas: o que é chapa de metal pintada hoje pode ser uma superfície de entrada de mídia ativa no futuro, refletindo o humor ou transmitindo mensagens específicas”.

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