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Setor automotivo brasileiro registra alta de 15% nos emplacamentos em 2024

Anfavea projeta crescimento da produção e o Brasil poderá chegar bem perto dos os 3 milhões de emplacamentos, disse na última coletiva do ano o presidente da Anfavea, Márcio Lima. Mas para isso precisaria de uma taxa Selic de 9,25%. Por enquanto, só em sonhos.

O executivo fala que todas as projeções foram feitas com o dólar de R$ 5,7 o que não está em sintonia com o momento econômico, a reforma tributária e os automóveis ainda citados no imposto seletivo. O tal imposto do pecado.

O setor automotivo brasileiro encerra 2024 com um desempenho positivo, alcançando o maior crescimento entre os principais mercados globais, impulsionado por um forte aumento nas vendas no segundo semestre do ano.

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De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos em 2024 superou as expectativas iniciais, registrando uma alta de 26,2% em comparação com o primeiro semestre, enquanto os emplacamentos cresceram 32% e as exportações aumentaram 44,2%.

O mercado interno experimentou um crescimento considerável, principalmente após um início de ano mais lento. A partir de junho, as vendas de autoveículos ganharam impulso, alcançando uma média de 13,3 mil unidades/dia em novembro, o maior número registrado nos últimos 10 anos.

Para o fechamento de 2024, estima-se que o Brasil tenha emplacado cerca de 2,65 milhões de autoveículos, marcando uma alta de 15% em relação a 2023. Apesar disso, o volume ainda ficou abaixo dos números de 2019, ano anterior à pandemia.

Dentro dos segmentos, os caminhões apresentaram um excelente desempenho, com previsão de crescimento de 15%, enquanto os ônibus devem crescer 8,5%. Esses resultados são atribuídos à recuperação dos volumes de emplacamentos após o período de transição das novas regras de emissões do Proconve.

Projeções para 2025

A Anfavea projeta um crescimento contínuo para 2025, com a expectativa de 2,802 milhões de autoveículos vendidos, o que representaria um aumento de 5,6% em relação a 2024. No segmento de veículos leves (automóveis e comerciais), a previsão é de uma alta de 5,8%, enquanto os pesados devem registrar um crescimento mais modesto de 2,1%.

Embora o mercado interno tenha crescido 15%, a produção de veículos deverá registrar uma alta de 10,7% em 2024, com 2,574 milhões de unidades fabricadas no Brasil. Esse crescimento, no entanto, não foi suficiente para acompanhar a alta nas importações, que se elevaram em 31,5%, especialmente com o aumento das vendas de modelos estrangeiros, principalmente os provenientes da China.

Quanto aos Asiáticos, Márcio Lima liga o alerta e diz que o excesso de estoque no país não é saudável para o negócio.

Os veículos importados representam 17,4% dos emplacamentos, o maior índice registrado nos últimos dez anos, o que, segundo a Anfavea, tem gerado um desequilíbrio na balança comercial do setor. Para 2025, a previsão é de um aumento de 6,8% na produção de veículos, alcançando 2,749 milhões de unidades, com a alta concentrada nos veículos leves.

Geração de Empregos

Em dado no comunicado da Anfavea, o setor automotivo também teve um impacto significativo na geração de empregos no Brasil. Em 2024, a cadeia produtiva de veículos criou cerca de 100 mil postos de trabalho, com um total de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos.

A Anfavea prevê que o ciclo de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção, estimado em R$ 130 bilhões, continue a gerar mais empregos nos próximos anos. Além disso, a expectativa é de que o setor de alta qualificação, incluindo funções em pesquisa e desenvolvimento, seja um dos principais beneficiados.

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