A Fiat Strada não é líder de vendas à toa. Em um mercado competitivo como o brasileiro, manter-se no topo exige mais do que tradição: exige evolução constante, algo que a picape compacta da Fiat vem entregando desde que foi lançada, em 1998.
E a linha 2025 mostra que o modelo segue firme na missão de atender quem busca um utilitário prático no dia a dia, mas com cada vez mais cara (e atributos) de carro de passeio.
Testamos a versão Ranch CVT, a mais completas da gama (ao lado da Ultra), equipada com motor 1.0 turbo flex de até 130 cv e câmbio automático do tipo CVT. O resultado é um conjunto eficiente tanto para quem usa o carro no trabalho quanto para quem procura conforto e tecnologia em uma picape urbana.
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O grande destaque técnico da Strada atual é o motor 1.0 Turbo 200, que passou a ser oferecido em 2023. O três-cilindros entrega até 130 cv com etanol e torque de 20,4 kgfm, disponível já em baixas rotações.
Na prática, a picape mostra respostas rápidas ao acelerador e bom desempenho mesmo com carga. Em nosso teste, o conjunto mostrou agilidade no trânsito urbano e segurança em retomadas na estrada, com trocas de marcha suaves e simulação de sete marchas pela transmissão CVT.
Em velocidades mais baixas, contudo, ao realizar uma frenagem mais suave da picape, ela dá umas “engasgadas”, abaixo dos 7 km/h. É a primeira vez que sentimos isso na Strada – modelo já testado diversas vezes pela reportagem.
No design, a Strada Ranch tem grade com detalhes em grafite e cinza e rodas exclusivas. Por dentro, a cabine segue o padrão já visto em outros modelos da Fiat, com bons encaixes, acabamento simples porém funcional, central multimídia Uconnect com tela de 7” compatível com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital e carregador por indução.
A versão Ranch se diferencia pelos detalhes em marrom na cabine, como nos bancos, painel e portas. O espaço interno acomoda bem quatro adultos e, com alguma limitação, até cinco. A ergonomia ao volante é boa, com bancos confortáveis e comandos bem localizados. A posição de dirigir é semelhante a de um Ranch.
Um ponto que incomoda é o estribo lateral. Como a picape não é alta o suficiente, o item mais atrapalha que ajuda. É bonito, esteticamente, mas na prática é um acessório que serve mais para sujar as pernas na hora de sair. Deveria ser um item opcional.

Desde o redesenho da nova Strada, em 2020, a picape ganhou cabine dupla com quatro portas, suspensão retrabalhada e um comportamento dinâmico mais equilibrado. A evolução fica evidente ao volante.
Mesmo com foco mais urbano nas versões topo de linha, a Strada não perdeu sua vocação de trabalho. A caçamba da versão cabine dupla acomoda até 844 litros e suporta 600 kg de carga útil. A tampa traseira com molas a gás facilita a abertura, e o protetor de caçamba é item de série. Ganchos de amarração e iluminação interna também contribuem com a praticidade.
O consumo da versão Turbo CVT é um ponto positivo. Fizemos média de 10,6 km/l (gasolina) na cidade, após um percurso de 300 quilômetros percorridos. Andamos sempre com o ar-condicionado ligado, dois ou três passageiros e passamos por alguns trechos engarrafados também.
Versões e concorrência
A linha 2025 da Strada oferece diversas versões, com preços que partem de cerca de R$ 112 mil e chegam a pouco mais de R$ 145 mil na versão Ranch testada. As opções vão desde versões 1.3 com câmbio manual voltadas ao trabalho até as topo de linha com motor turbo e CVT.
- Fiat Strada Endurance CS 1.3 – R$ 111.990;
- Fiat Strada Freedom CS 1.3 – R$ 118.990;
- Fiat Strada Freedom CD 1.3 – R$ 126.990;
- Fiat Strada Volcano CD 1.3 – R$ 135.990;
- Fiat Strada Ultra CD T200 – R$ 146.990;
- Fiat Strada Ranch CD T200 – R$ 146.990.






