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Porque sedãs médios podem ter o mesmo destino das peruas

O segmento dos sedãs médios não vende mais como em outros tempos. Há 10 anos, em 2013, entre janeiro e outubro, os três volumes já acumulavam 187 mil emplacamentos. Naquele ano, o Civic era o que dominava a categoria e já acumulava quase 50 mil emplacamentos. Com isso, os sedãs médios tinham 7,5% de market share.

Os anos se passaram e as vendas dos sedãs médios despencaram. Nos 10 meses de 2023, foram 44.509 emplacamentos. E isso é a soma de todos os modelos entre janeiro e outubro. O número reduziu 76,3%. A quantidade é menor do que o Honda Civic (sozinho) vendeu no período. Hoje, os sedãs médios registraram 3,24% entre janeiro e outubro de 2023.

Entre os vendidos, também houve mudanças. O Civic, que antes reinava, hoje é apenas mais um modelo. Somou 443 emplacamentos em 10 meses. A Honda promete retomar a estratégia do híbrido importado. Atualmente, o segmento é dominado pelas vendas do Toyota Corolla, que soma 35 mil unidades no período.

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Este ano, devido a poucas vendas, o Kia Cerato saiu de linha e já foi substituído por um outro veículo no México. Um carro a menos neste segmento que outrora já foi bem forte. Contudo, vale destacar que o mercado de automóveis em 2013 era muito mais significativo do que hoje. Lembranças de Cruze, 408, C4 Lounge e tantos outros que se foram.

Em 2013, os carros de passeio, vans e picapes somavam quase 3 milhões de emplacamentos entre janeiro e outubro. Neste ano, no mesmo período, o número gira na casa de 1,7 milhão de unidades.

Entre os motivos que fizeram os brasileiros mudarem de categoria estão os asfaltos de péssima qualidade, os buracos, as lombadas e o envelhecimento do público com o “novo jeito de dirigir”. Como os sedãs médios são mais baixos, é fácil sentir os buracos e raspar o assoalho nas lombadas que nem sequer seguem as normas de construção.

Além disso, o mercado dos SUVs também cresceu. E, cresceu tanto que hoje é o que detém a maior fatia de vendas: 45,56% entre janeiro e outubro deste ano. Em 2022, o segmento fechou com 44,30% de participação.

Outra questão é o preço dos carros. Os valores subiram muito (principalmente após a pandemia) e acabaram deixando o preço relativamente próximo dos SUVs.

Pelo preço cobrado nos sedãs médios, muitos consumidores acabam optando pelo SUV, pois o nível de conforto a bordo é bem semelhante e, em alguns casos, os carros de carroceria mais alta são até mais confortáveis. Principalmente em locais onde a pista não ajuda.

Sedãs médios podem sumir como as peruas?

Pouco a pouco, o segmento dos sedãs médios vem decaindo e indo em direção para o mesmo caminho das peruas, que praticamente desapareceram do mercado brasileiro. Atualmente, apenas o Audi RS6 é a opção disponível, com 32 emplacamentos no ano.

Em 2013, há 10 anos, as saudosas peruas emplacaram 33 mil unidades no período entre janeiro e outubro. Naquele tempo, tínhamos Palio Weekend, Spacefox, Space Cross, Audi A4, Jetta Variant, Volvo V60, entre outros.

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