São Paulo – A Renault descarta novos SUVs, pelo menos por enquanto, e diz não a importação da picape Alaskan. A empresa francesa continua com seu foco de crescimento dentro do segmento B dos utilitários onde está o Captur, Duster e Oroch. A onda aventureira urbana também foi reforçada com a chegada do Sandero Stepway.
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Quando questionado sobre o ingresso da marca no segmento C, de SUVs, liderado pelo Compass, Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, disse que a montadora tem globalmente muitos veículos na sua gama e, por enquanto, no Brasil, o mercado C e D permanece pequeno. Traduzindo as palavras do presidente: nada de Arkana para o mercado local.
Do lado B, onde atua a dupla Duster e Captur, o fabricante se vê bem assistido. “Para produzir no Brasil temos que ter volume que justifique o projeto. Hoje não dá para sair desse roteiro”. Isso tudo sem contar a taxa cambial desfavorável que continua sendo outra barreira econômica.
A picape Alaskan, pelo menos, por enquanto, está descartada. O alto grau de competitividade é a principal trave para a Renault que não deverá pular o muro e trazer seu “carro médio” de caçamba.
Por aqui, o mercado brasileiro cresce para cima dos SUVs e não para por aí. A Renault, segundo Gondo, está avaliando as tendências e o presidente não afirma ainda se a montadora estará no jogo, na linha de competitividade. Bom lembrar que uma motorização mais forte, a ser feita no Paraná, pode estar a caminho, como o 1.3 turbo de injeção direta e 170 cv. Mas nada ficou confirmado.
O Duster tá chegando no ano que vem. E fontes confirmam alterações de acabamento em relação ao modelo vendido na Europa. Quanto ao compacto K-Ze, projetado no Brasil e inspirado no Kwid, recentemente lançado na China, ele começa a ser vendido por lá neste segundo semestre.
O executivo reforça que o pequeno elétrico foi feito pelo estúdio de design da Renault em São Paulo e não servirá de base para a renovação do Kwid. Ricardo Gondo diz que no mercado brasileiro o K-Ze não funcionaria agora. “Precisamos fazer mais testes e hoje não temos nada previsto”.