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Paralisações nas fábricas: produção de veículos cai 19% em abril

A produção de veículos, no Brasil, registrou queda de 19% no mês de abril. Em razão de nove paralisações que ocorreram no mês em questão, a quantidade de automóveis produzidos foi afetada.

Por outro lado, no primeiro quadrimestre do ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou alta de quase 5% (4,8%) sobre o mesmo período de 2022.

“Mesmo com as dificuldades de crédito e juros elevados que afetam sobretudo as vendas no varejo, emplacamos até agora 633 mil unidades em 2023, 14% a mais que no ano passado, quando a crise era somente de falta de oferta”, analisa o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

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Para caminhões, a situação é ainda mais complexa após o fim do período de três meses em que as fábricas podem faturar os veículos produzidos em 2022 (modelos da fase anterior do Proconve).

As vendas recuaram 16,5% sobre o fraco mês de abril de 2022, confirmando os desafios da introdução da oitava fase do programa de controle de emissões, que deixou os produtos nacionais em linha com os mais avançados modelos globais, mas com uma inevitável elevação de custo.

Leite destacou ainda que a média diária de vendas de veículos em abril foi a melhor do ano, com 8,9 mil unidades/dia, mas que boa parte desse crescimento se deve à demanda reprimida das locadoras.

No mês, 50% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves foram em Vendas Diretas, canal que inclui locadoras, pessoas jurídicas, taxistas, frotas corporativas, PCD, governo, produtores rurais etc.

Abril também foi um mês de queda para as exportações, refletindo o recuo dos principais marcados para os quais o Brasil envia seus produtos: Argentina -13%, México -18%, Colômbia -20% e Chile -48%.

Além disso, houve uma intensa restrição das importações na Argentina por questões cambiais ao longo das três primeiras semanas do mês. O total das exportações foi de 34 mil unidades, queda de 24% sobre março e sobre abril de 2022.

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