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O que esperar do segmento dos SUVs com a chegada do Volks T-Cross em 2019

O ano de 2018 será de crescimento para o mercado automotivo nacional e, consequentemente, para seu segmento mais concorrido, o de utilitários esportivos, os SUVs. Novos “jogadores”, como o Citroën Cactus e o JAC T40 entraram nesse time que é dominado pela Jeep, mas que não oferece vida fácil aos norte-americanos. O ano que está acabando foi de consolidação para alguns modelos, como Hyundai Creta, Nissan Kicks e até para aquele que já foi líder, o Honda HR-V.

O crescimento dos concorrentes exigiu que a turma da Jeep se mexesse, fazendo mudanças, mesmo que leves, em seus dois best-seller’s, o Compass e o Renegade. Mas será que isso será suficiente para manter os dois utilitários produzidos em Pernambuco nas partes mais altas do pódio? O Hyundai Creta já foi o SUV mais vendido em novembro e pode repetir a dose em dezembro. É bom a turma da FCA ficar de olho.

Com esse cenário, podemos projetar o ano de 2019 ainda mais concorrido entre os SUVs. Isso porque, além dos bons jogadores que temos em campo, a turma da Alemanha está preparando um centroavante que promete chegar como titular absoluto nesse time. Estamos falando do T-Cross.

Tivemos o primeiro contato com o jogador no Salão do Automóvel e São Paulo e depois no Motor Show Pernambuco (onde fica exposto até o domingo, dia 16).

O inédito SUV compacto da Volks oferece como diferencial algo que poucos de seus companheiros de segmento possuem: uma plataforma moderna, motorização turbo eficiente e muita tecnologia a bordo. Claro que temos SUVs com esses quesitos hoje, mas poucos conseguem reunir todos.

Agora, para que esses atributos do T-Cross possam ser realmente diferenciais no segmento, a Volkswagen terá que ter um preço competitivo. Hoje, é possível comprar um Kicks, Creta ou Renegade com boa lista de equipamentos por R$ 85 mil. Será que a Volks vai lançar uma versão de entrada nessa faixa de preço? Nossa aposta é que sim, até abaixo disso, mas para o 200 TSI com caixa manual de seis velocidades e equipamentos básicos equivalentes aos que vem na versão MSI do Polo e do Virtus.

Já falamos muito do T-Cross, que promete ser um dos lançamentos mais importantes de 2019. Mas não podemos deixar de dedicar um capítulo para o Renegade. Afinal, o modelo é o responsável pela virada que a Jeep deu no Brasil quando foi apresentado em 2015. Sempre presente entre os SUVs mais vendidos do país, o pernambucano caiu nas graças dos brasileiros e promete boas novas para 2019.

O Renegade passou por uma leve (levíssima) reestilização de meia-vida. Fez alguns retoques no visual e agregou um pouco mais de tecnologia no interior com a nova e maior central multimídia. O mais importante e mais aguardado, porém, ficou para depois: a mudança da motorização flex. Quando o “novo” Renegade 2019 foi apresentado na Itália, alguns meses antes da chegada no Brasil, muita gente fixou empolgada com a divulgação da introdução da motorização 1.3 turbo, com configurações de 150 cv e 180 cv. Mas a Jeep deu um banho de água fria nos “jipeiros” do Brasil com a manutenção da motorização 1.8 flex de 139 cv por mais algum tempo.

Eis que em 2019 o Renegade deve lançar a motorização 1.3 turbo e já configurada para beber etanol e/ou gasolina. Essa adaptação da mecânica é que teria impossibilitado a chegada desse motor já em 2018.

A Jeep sabe que a chegada o T-Cross somente com motores turbinados com baixo consumo de combustível vai sacudir o terreno dos SUVs. Por isso, será imprescindível para Jeep modernizar a mecânica de seu xodó. Os modelos da Jeep se beneficiam, claro, de oferecerem versões verdadeiramente aventureiras, como motor a diesel, tração 4×4 e outros atributos do DNA off-road, que a Jeep tem de sobra.

Jeep e Volks à parte, os orientais também prometem seguir incomodando os jogadores titulares. O sul-coreano Creta já garantiu sua vaga no time, como também o japonês Kicks, da Nissan. Mas será que outros jogadores têm espaço? O EcoSport, que já foi o capitão dessa seleção por muitos anos, faz uma mudança aqui e outra ali, muda a transmissão e tira o pneu de estepe da tampa do porta-malas, mas é incerto se ele volta a jogar no time principal.

Os franceses também querem seu espaço com belos jogadores, como o Renault Captur, mas pecam em apostar em plataformas e conjuntos mecânicos ultrapassados.

Vamos esperar para ver qual vai ser a escalação titular desse timaço em 2019. O campo (mercado) é gigantesco e segue em crescimento, o que garante um lugar ao sol a quase todos os jogadores. Em quem vocês apostariam para ser o artilheiro?

* Pro Bruno Vasconcelos

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