Publicidade

Kombi elétrica é o xodó da família ID e chegada ao Brasil está perto

É preciso ter um pouco mais de idade para voltar ao passado e declarar amor pela Kombi e sua utilidade. A perua eternizada pela Volkswagen está de volta à vida e para o Brasil aí vai o recado: a VW deu todos os sinais informando que até 2025 seriam 15 novos lançamentos e, entre eles, combustão, híbridos flex (a defesa da montadora) e alguns elétricos. Na matemática da casa, já foram sete: Jetta GLI, Novo Polo, Polo Track, Gol Last Edition, Polo GTS, Virtus e Polo Track 1st Edition. Conta meio estranha entre produtos e versões, mas isso não sou eu que faço.

Por aqui, em Wolfsburg, em alemão, inglês ou português ninguém fala, mas os colegas estrangeiros também sabem que o produto é global e cedo ou tarde chegará ao país que eternizou a Kombi e vai se apaixonar pelo ID. Buzz. A montadora já declarou foco na matriz energética que torna o país uma ilha de etanol. O híbrido flex será a grande aposta.

Na apresentação que fez durante encontro de eletrificação e exibição da fábrica piloto de baterias, em Salzgitter, que só ficará pronta em 2025, o ex-presidente da Volks do Brasil, Thomas Schmall, membro do board do Grupo Volkswagen para Tecnologia e Chairman da PowerCo SE, disse que o Brasil tem o privilégio de poder contar com uma alternativa limpa, caso do etanol, contra a Europa que precisa investir nos elétricos. E por falar neles…

Dirigimos aqui nos arredores de Wolfsburg, na Autostadt, o sedutor elétrico que encanta a cada olhar. Além dele, todos os automóveis da tomada do grupo Volkswagen, governado pela Porsche estava aqui. Ah! Vocês também precisam ver o novo Audi SQ8 e-tron, história que contaremos depois. No próximo dia 23, nos 70 anos da marca, o fabricante terá a chance de anunciar o primeiro ID.4 e falar mais do futuro que vai correr em paralelo com a combustão.

A primeira revelação da Kombi elétrica no mundo ocorreu em março do ano passado, durante o South by Southwest, um conjunto de festivais de música, cinema e tecnologia que acontece todos os anos na cidade de Austin, Texas, nos Estados Unidos. No Brasil, foi no Rock in Rio, em setembro do ano passado. Sobrou likes e pensamentos de desejo.

O ID. Buzz e ID. Buzz Cargo se baseiam na primeira geração da Kombi original, a T1. O carro é neutro em emissões de carbono durante o ciclo de vida, desde a fabricação até o transporte. Além disso, o uso de um alto percentual de materiais reciclados e a não-utilização de couro no interior do veículo completam a estratégia sustentável que a Volkswagen implementa com o ID. Buzz e o ID. Buzz Cargo.

As unidades europeias são equipadas com uma bateria de 77 kWh. Ela fornece corrente para um motor elétrico de 204 cv no caprichado veículo que movimenta o eixo traseiro. A potência de carga, utilizando corrente alternada (AC) é de 11 kW. Ah, são 31,6 quilos de torque.

Com uma tomada CCS, numa estação de carga rápida de corrente contínua (DC), a potência de carga aumenta para até 170 kW. Carregada dessa maneira, o nível da bateria sobe de 5% para 80% em cerca de 30 minutos. Como acontece com todos os modelos da família ID. da Volkswagen, os novos ID. Buzz e ID. Buzz Cargo são tecnicamente baseados na plataforma modular elétrica (MEB) do Grupo Volkswagen.

Diversão e menos velocidade final

A Kombi elétrica vai aos 145 km/h no máximo mas isso pouco importa porque ela cumpre o papel. Não pense também na questão dos 10 ou 12 passageiros. O ID. Buzz leva cinco ocupantes e tem um bagageiro de 1.121 litros e capacidade de carga de 647 kg. É gostoso de dirigir e explorar a magia do veículo.

São 4,7 metros de comprimento ao mesmo tempo que vejo, sinto um carro fácil de manusear também. A alavanca da transmissão ocupa o lugar da haste do limpador do pára-brisas e do lado direito, na chave de seta ganha mil e uma utilidades. São duas telas que promovem conexão aos comandos e informações digitais. As portas USB tipo C ficam em uma posição estranha ao lado da coluna de direção que tem regulagem de altura e profundidade.

A Kombi não tem câmera 360 graus mas é rica em sensores de assistência, assim como o ADAS para deixar o condutor ainda mais seguro e quase sempre com um belo sorriso no rosto. É isso que vai acontecer quando você andar com o carro nas ruas. Todo mundo olha. O teste drive assim que você tiver acesso vai valer a pena. Aos mais velhos fica a missão de contar para os filhos como era no tempo de glória da histórica kombosa.

Publicidade

Artigos Recentes

Publicidade
Publicidade