As negociações de fusão entre a Honda e a Nissan, iniciadas em dezembro de 2024, podem não avançar, de acordo com informações divulgadas pela Reuters. A proposta da Honda de adquirir a Nissan como uma subsidiária não tem sido bem recebida pela liderança da Nissan, o que gerou resistência e complicações nas discussões entre as duas montadoras japonesas.
Em declarações separadas à Car and Driver, ambas as empresas confirmaram que as conversas sobre uma possível integração ainda estão em andamento, mas as fontes apontam para uma crescente dificuldade nas negociações.
Inicialmente, as duas marcas haviam anunciado que chegariam a uma decisão até o final de janeiro, mas a Nissan agora aponta para meados de fevereiro como uma nova data para definir seu posicionamento.
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Em dezembro, as empresas assinaram um memorando de entendimento (MOU), dando início às discussões para criar uma holding única. No entanto, a Nissan, que passa por dificuldades financeiras, parece estar reconsiderando a proposta, especialmente após a Honda sugerir que a Nissan seria integrada como uma subsidiária. Isso contraria o entendimento inicial de uma fusão mais equilibrada entre as duas marcas.
O movimento de fusão, que poderia resultar na criação da terceira maior montadora do mundo, seria uma resposta às dificuldades financeiras enfrentadas pela Nissan, que já anunciou planos de reestruturação, incluindo cortes de empregos e uma redução salarial significativa para seu CEO.
A Reuters também informou que a Nissan poderia convocar uma reunião do conselho para votar sobre a proposta nos próximos dias, embora a viabilidade da fusão permaneça incerta.
Além disso, um executivo da Honda, durante uma mesa redonda na CES, mencionou que a união das marcas poderia beneficiar a Honda, especialmente no mercado de SUVs de grande porte, onde a Nissan já possui experiência com modelos como a Armada, em contraste com o Pilot da Honda, que é um SUV de tamanho médio.
As negociações, porém, parecem agora estar em um impasse, com fontes indicando que a Nissan pode se afastar das discussões. A decisão de continuar ou não com a fusão dependerá da evolução das conversas nas próximas semanas.
