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Governo de SP cria regras para carregar carros elétricos

O Governo de São Paulo publicou uma portaria no Diário Oficial com parecer técnico desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros com relação às vagas para recarga de veículos elétricos. Agora, os automóveis precisarão ser separados por vagas com uma distância mínima de 5 metros.

Segundo o documento, uma outra alternativa seria fazer o afastamento entre os veículos por meio de paredes corta fogo com 1,60 de altura e 5 metros de comprimento. A parede também deve ter fechamento junto ao teto do pavimento, isolando, individualmente, cada estação.

Além disto, as vagas terão de contar com chuveiros automáticos em todo o pavimento onde houver os carregadores. “Este tipo de incêndio, mormente em razão das baterias de ion de lítio, tem por característica o consumo de grande quantidade de água para sua extinção”, aponta o parecer técnico do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

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O parecer fornece um prazo de um ano, a contar da data de publicação, para que as instalações se adaptem as normas. O sistema de mitigação contra incêndios deve conter um reservatório para irrigar a área por um prazo de 60 minutos.

Foto: Arte/Reprodução

As regras também dispõem sobre a garantia do corte de energia entre os módulos de carregamento e da rede elétrica por meio de disjuntor. “As vagas de recarga deverão possuir proteção, mínima, de 2 extintores ABC com distância máxima de caminhamento de 15 metros”, explica a portaria.

Justificativa
“Diante do avanço tecnológico e da disseminação de novas tecnologias, é cada vez mais comum a necessidade de instalação de bases para recarga de veículos elétricos movidos a baterias de íons de lítio nos estacionamentos das edificações”, aponta o parecer.

O parecer ainda explica a urgência do parecer. “A implementação de regras padronizadas se faz urgente, especialmente no que diz respeito às medidas de segurança contra incêndios, devido ao potencial risco de ignição das baterias de íons de lítio”.

Setor dos eletrificados
“Recebemos essa consulta pública como tentativa de se criar nova “jabuticaba”. As estatísticas internacionais de incêndio em veículos indicam percentuais muito inferiores para veículos elétricos (0,004%), quando comparados com similares movidos à combustão (0,08%)”, ressaltou o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Bastos.

“A consulta também inclui aspectos já superados e sem compromisso com as melhores técnicas disponíveis, inclusive no Brasil. A ABVE vai concentrar seu posicionamento técnico e contribuições em três pilares: Rapidez, Eficácia e Segurança. Ademais, hoje a utilização de baterias é extremamente comum em vários produtos, como celulares, que estão presentes em vários momentos da nossa vida. Os veículos contam com homologação técnica, certificação e controles de qualidade extremamente rígidos, que permitem avançarmos nesse debate com muito equilíbrio e com a importância devida”, acrescentou Bastos.

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