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Porque a tecnologia é uma aliada das seguradoras de automóveis

As novas tecnologias estão cada vez mais presentes nos automóveis. Central multimídia, frenagem automática de emergência, alertas e assistências à condução são alguns exemplos. Nos países mais desenvolvidos, as inovações aos carros estão ainda mais à frente. E isso é bom. Uma vez que a tecnologia também ajuda a reduzir acidentes. 

Um exemplo disto aconteceu com o repórter que vos escreve. Há algum tempo, testava um carro japonês com a tecnologia de frenagem automática de emergência. Em uma avenida movimentada, um motociclista saiu de uma rua de acesso e simplesmente invadiu a principal, logo em frente ao carro. A reação do veículo foi tão rápida, que o susto foi em razão da frenagem. Ou seja: antes mesmo de a mensagem chegar ao meu cérebro e ele reagir, o veículo já tinha feito isso para mim, evitando um acidente. 

Uma parte economicamente positiva é que a tecnologia presente nos carros também pode reduzir o preço pago no seguro automotivo. Pelo menos é o que afirma o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Antonio Trindade. “Essas tecnologias que chegam, como espelho retrovisor, brake-light, freio a disco, são incorporadas e as seguradoras vão avaliando”, explica.

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Pesquisas realizadas no mercado norte-americano apontam que o sistema de brake-light reduziu em 53% as colisões traseiras, aponta uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada em 1994. Hoje o item já se tornou popular, assim como vários outros. Para Trindade, as fabricantes que têm uma menor frequência de acidentes, terão baixo custo para os modelos equipados com esses itens de segurança. 

Uma das principais inovações recentes em segurança automotiva é a introdução de sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS). Na prática, o carro usa sensores e câmeras para monitorar ao redor do veículo. Com isso, ele pode alertar ou até mesmo intervir, para evitar acidentes. Em alguns casos, ele emite alertas sonoros ou pode, por exemplo, trazer o carro de volta à faixa, caso você saia dela sem sinalizar.

 

Honda Sensing 360° começou na China em 2022 | Foto: Divulgação

 

Um estudo da AAA Foundation for Traffic Safety aponta que os sistemas de assistência à condução podem evitar cerca de 37 milhões de acidentes até 2053 (contando apenas os Estados Unidos). O cálculo, realizado em parceria com a Universidade da Carolina do Norte, revela que a tecnologia pode evitar 14 milhões de feridos e salvar cerca de 250 mil vidas, pelos próximos 30 anos.

Matematicamente, isso representa uma redução de 16% no número de acidentes e uma redução de 22% nas mortes que ocorrem nas estradas. Vale salientar ainda que os carros conectados podem fornecer informações estratégicas de condução às seguradoras. No Brasil, isto ainda não acontece, mas a ideia não está descartada.

Arte: Rodrigo Barros

 

Desta forma, as seguradoras podem traçar o perfil de cada motorista e fornecer um valor mediante a sua forma de condução. “Olhando a médio e longo prazo, serão mais baratos [os seguros] para quem tem mais acesso e é mais tecnológico”, acrescenta Trindade. Sendo assim, menor número de sinistros resultam em um seguro mais em conta para quem paga. Afinal, as empresas trabalham com números e probabilidades.

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