Entra oficialmente em vigor, nesta sexta-feira (1º), a nova regra aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que aumenta a quantidade de biocombustíveis misturados aos combustíveis fósseis no Brasil. A gasolina agora terá 30% de etanol anidro em sua composição (a chamada mistura E30), e o diesel passará a conter 15% de biodiesel (B15).
A mudança marca um novo passo na política energética brasileira e tem como principais objetivos reduzir a dependência do país por combustíveis importados, incentivar a produção nacional de biocombustíveis e baratear o custo na bomba para os consumidores.
Com a nova mistura, o governo estima que o Brasil volte a ser autossuficiente em gasolina pela primeira vez em 15 anos. A expectativa é de que o aumento da proporção de etanol possa gerar uma queda de até R$ 0,20 no preço do litro da gasolina nos postos.
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Já o aumento no teor de biodiesel também deve ajudar a estabilizar os preços do diesel, além de reduzir a emissão de gases poluentes.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a mudança poderá atrair mais de R$ 10 bilhões em investimentos ao setor de biocombustíveis e gerar cerca de 50 mil empregos nos próximos anos, principalmente nas regiões produtoras de cana-de-açúcar, milho e soja, principais matérias-primas para etanol e biodiesel.
O aumento do teor de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel foi precedido por estudos técnicos e testes de compatibilidade com os veículos da frota brasileira. Segundo o governo federal, os novos índices são seguros para os motores atuais e estão dentro das margens recomendadas pelos fabricantes.
