Milhares de automóveis da Porsche, Bentley e Audi foram apreendidos em portos dos Estados Unidos. Um fornecedor do Grupo Volkswagen (que controla as marcas citadas), encontrou um subcomponente chinês com suspeita de mão-de-obra escrava ou forçada.
O problema afeta cerca de 1.000 carros das marcas, entre SUVs Porsche, centenas de Bentley e modelos da Audi. O componente que resultou na apreensão, no entanto, não foi revelado.
Pessoas não identificadas com conhecimento no assunto disseram ao jornal Financial Times que o Grupo VW desconhecia a origem da peça, uma vez que provém de um fornecedor indireto profundamente inserido na sua cadeia de abastecimento.
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A Volkswagen disse em comunicado que “leva muito a sério as alegações de violações dos direitos humanos, tanto dentro da empresa como na cadeia de abastecimento”.
De acordo com a Lei Uigur de Prevenção do Trabalho Forçado de 2021, os produtos fabricados com trabalho forçado na região chinesa de Xinjiang, entre outras áreas, estão proibidos de serem importados para os Estados Unidos.
A Volkswagen, inclusive, opera uma joint venture na região com a SAIC. No início da última semana, a marca alemã disse que iria discutir a direção futura dos negócios.
“As entregas continuam, porém podem ocorrer alguns atrasos inevitáveis, pelos quais pedimos desculpas”, disse a montadora à Fox Business em comunicado e acrescentou que estão entrando em contato com cada cliente para mantê-los informados.