Os veículos eletrificados terão de pagar imposto de importação já a partir de janeiro de 2024. A medida anunciada nesta sexta-feira (10) agradou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que se mostrou favorável à retomada da tributação.
“A Anfavea e a indústria brasileira enxergam como um grande avanço o anúncio feito pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex)”, destacou a associação. Para a Anfavea, o período de isenção foi suficiente.
“A produção desses modelos no Brasil é um passo fundamental para a neoindustrialização, a geração de empregos de qualidade, a inteligência tecnológica estratégica e a pesquisa e desenvolvimento”, complementa a Anfavea.
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Por outro lado, a (ABVE) não ficou satisfeita com a retomada dos impostos. “A nova política de Imposto de Importação para veículos leves híbridos e elétricos frustrou todos aqueles que, como a ABVE,
apostam no transporte limpo, renovável e sustentável no Brasil”, disse.
Para o presidente da entidade, Ricardo Bastos, “as medidas anunciadas hoje são muito ruins para a eletromobilidade”, declarou. Nas palavras de Bastos: “Elas atendem principalmente ao lobby das associações que defendem os combustíveis fósseis, e não aos interesses dos consumidores e da sociedade brasileira”, afirmou o presidente, sobre as medidas.
Tributos
A retomada da tributação acontece de maneira progressiva e vai variar conforte os níveis de eletrificação. No caso dos carros híbridos, a alíquota do imposto começa com 12% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcança os 35% apenas em julho de 2026.
Para híbridos plug-in, serão 12% em janeiro de 2024, 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026. Para os elétricos, a sequência é 10% (janeiro de 2024), 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026).