A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o governo federal estão em diálogo para uma possível taxação na importação de veículos elétricos. Hoje, não há qualquer alíquota na importação de um elétrico. Segundo a Anfavea, ao cobrar uma alíquota para trazer os veículos, a produção nacional seria estimulada.
Durante todo o ano de 2022 foram 8.458 unidades de veículos elétricos leves emplacadas no Brasil. Isso representa aumento de 197% em relação a 2021 (2.851 unidades). Se a comparação for realizada com 2020 (801), o crescimento dos elétricos é bem maior, atingindo o percentual de 956%.
Atualmente, mesmo importados e sem alíquota, os carros elétricos são inacessíveis a grande parcela da população. O mais barato é o JAC E-JS1, que não sai por menos de R$ 145.900. Mas, segundo a Anfavea, o que encarece os modelos movidos a bateria não são a produção em si, mas as baterias. O alto custo.
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Em alguns países como Suécia, Reino Unido, Romênia, China, o comprador de um elétrico ganha um subsídio para a aquisição de um modelo elétrico. Ainda segundo a Anfavea, é preciso também estimular a produção local de baterias. No Brasil, alguns estados abrem mão do recolhimento do IPVA.
Com a produção local de componentes como baterias e semicondutores, a produção em larga escala tende a reduzir o custo dos itens. Com isso, o custo de um automóvel elétrico poderia ser mais acessível.
Ainda não se sabe em quanto tempo ou como será essa taxação. Para a Anfavea, no entanto, quanto antes houver essa definição, melhor será para a cadeia produtiva. As montadoras trabalham com previsibilidade. Segundo uma fonte interna da Associação, o diálogo está acontecendo, mas o governo federal precisa definir a cobrança do imposto.
Uma das formas é aumentar gradualmente ou então estipular um determinada quantia de veículos por ano. Ao passar disto haveria uma taxação de imposto.