A Volkswagen e o sindicato IG Metall chegaram a um acordo que resultará em mudanças significativas na estrutura produtiva da montadora na Alemanha, afetando mais de 35.000 empregos até 2030. As informações são do jornal Carscoops.
O acordo, denominado “Zukunft Volkswagen” (Futuro Volkswagen), visa uma “redução socialmente responsável da força de trabalho” e inclui a redução da capacidade de produção da empresa em 734 mil unidades, alinhando a produção à demanda do mercado.
Uma das medidas mais notáveis é o fechamento da Fábrica Transparente, localizada em Dresden, no final de 2024. Além disso, a produção do Golf será transferida para o México em 2027, enquanto os modelos elétricos como o Golf e o novo EV baseado na plataforma SSP (Scalable Systems Platform) continuarão a ser fabricados na Alemanha no final da década.
LEIA MAIS
+ Audi do Brasil e a LATAM renovaram parceria com embarque premium
A fábrica de Wolfsburg, por sua vez, passará a produzir o ID.3 e o Cupra Born, enquanto a planta de Emden seguirá com a produção dos modelos ID.4 e ID.7.
Embora o corte de empregos e a redução de capacidades produtivas sejam medidas drásticas, a Volkswagen defende que o acordo é essencial para garantir a viabilidade futura da marca, com o objetivo de reduzir custos e manter a competitividade no mercado de mobilidade sustentável.
A empresa espera economizar até € 1,5 bilhão (R$ 9,5 bilhão) anualmente em custos trabalhistas, o que contribuirá para um plano de investimentos de € 15 bilhões (US$ 95,2 bilhões) até 2030.
Em relação às fábricas, a produção do T-Roc Cabrio na planta de Osnabrück será encerrada em 2027, e a Volkswagen está avaliando alternativas para o uso futuro da unidade. A fábrica de Zwickau continuará a fabricar o Audi Q4 e-tron, e o ID. Buzz e o Multivan seguirão sendo produzidos em Hanover.
Já os locais do Grupo Volkswagen Components, em Kassel, Braunschweig, Salzgitter, Hannover, Wolfsburg e Chemnitz, deverão adotar novos modelos de tempo de trabalho, mas permanecerão operando.
O CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, afirmou que o acordo estabelece as bases para um futuro sustentável, tanto financeiramente quanto tecnologicamente, com foco em inovação e mobilidade elétrica.
