Volkswagen, Chevrolet e diversas outras montadoras estão se rendendo aos chineses em busca de lançar produtos mais baratos, digo competitivos e encontrar parcerias que rendam acordos de operações.
O maior deles até agora é reconhecido pelo trade que acompanhou a união do grupo Chery com a CAOA montadora. As marcas se juntaram no país para multiplicar o sucesso do grupo brasileiro a partir do complexo industrial de Anápolis, Goiás onde eles produzem os SUVs Tiggo.
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Recentemente, a Volkswagen anunciou a nova geração da Amarok que vai herdar a plataforma da picape chinesa Maxus T90. A Renault vem aí com a Geely e nós estamos de olho.
A proposta da VW é usar a tecnologia da SAIC, no lugar de compartilhar a plataforma da Ford Ranger, como já acontece em alguns mercados e, por aqui, no Mercosul, foi um assunto tratado e encerrado na gestão do ex-presidente Pablo di Si. O fabricante foi na contramão do resto do mundo e manteve a atual Amarok (que vai até 2027).
Além da Volkswagen para o futuro que se aproxima, a Chevrolet também já tem dois chineses para chamar de seu. O Spark EUV deve lançado em mais alguns meses como um elétrico de entrada e o próximo SUV médio da marca a coluna aqui em UOL Carros já destacou. A marca norte-americana já testa o Starlight S no Brasil. O SUV faz parte da Wuling (uma parceira da GM na China) e poderá se chamar Captiva.
Com isso, a Chevrolet vai conseguir usar um projeto chinês para concorrer com… carros chineses. Com a invasão asiática desses modelos no Brasil, as marcas estão cada vez mais buscando alternativas mais acessíveis para de imediato enfrentar CAOA Chery, BYD e GWM.
A Stellantis anunciou uma joint venture com a Leapmotor e vai trazer a marca para vender seus carros no Brasil. Vamos ver isso de perto na China e a gigante dona da Jeep e da Fiat promete competir com a mesma velocidade de quem sabe tomar decisões rápidas e aplicá-las na prática. Vide o portfólio de produtos e como a Fiat, por exemplo, se transforma para se adequar ao momento de mercado.
A empresa vai chegar ao país ainda este ano e, inicialmente, lançará dois carros elétricos: C10 e T03. O primeiro será o modelo de estreia no mercado brasileiro.
A Volvo, que apesar de ser uma marca sueca, também conta com fábrica na China (Chengdu, Daqing e Taizhou). Inicialmente, a produção do EX30 acontecia na fábrica da controladora Geely, na China mas a produção foi transferida para Ghent, na Bélgica.
De lá da China, o grupo Geely Automobile comunicou que fincará a bandeira do seu país ao lado da francesa Renault. Juntas estão promovendo um evento para revelar seus planos nesta quarta-feira em São Paulo. A Zeekr, já no Brasil, representa a “firma” de luxo do grupo que também promete expansão.
Assim como as empresas citadas acima, ao longo dos próximos meses e possivelmente, veremos mais chinesas por aqui, uma dezena continua conversando com o governo federal e nós já falamos sobre isso.
Como muitas delas tem alguma joint venture com uma chinesa em sua origem, importar para o Brasil, enfrentar a carga tributária que chegará a 35% no próximo ano mas em julho já será 25% e mesmo assim continuará sendo uma solução mais rápida para abaixar vender com preços mais atrativos conquistando o brasileiro que estava com sede de telas, tecnologia, bom acabamento e novos design.