As tarifas comerciais continuam a pesar sobre as contas da General Motors. Segundo a montadora, somente no segundo trimestre de 2025, as taxas adicionais representaram um impacto de US$ 1,1 bilhão. A expectativa é de que o custo total das tarifas alcance entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões até o fim do ano.
Os dados foram divulgados junto ao balanço financeiro da empresa, que reportou receita de US$ 47,1 bilhões no segundo trimestre. O lucro operacional ajustado (EBIT) foi de US$ 3 bilhões no período, com redução atribuída principalmente aos custos das tarifas.
As medidas fazem parte de uma política comercial mais restritiva dos Estados Unidos, e os efeitos têm sido sentidos especialmente pelas grandes montadoras. A GM é uma das companhias que mais se expõem aos impactos, dado seu volume de produção e importação de componentes.
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Na América do Norte, a GM obteve receita líquida de US$ 39,5 bilhões entre abril e junho de 2025. O desempenho foi impulsionado pela alta demanda por crossovers e picapes, além da redução nos estoques das concessionárias norte-americanas.
Os incentivos oferecidos aos consumidores ficaram abaixo da média do mercado, enquanto o preço médio de transação superou os US$ 51 mil, o que indica, segundo a empresa, um nível de procura consistente pelos veículos da marca.
Mesmo com o crescimento mais cauteloso do segmento de veículos elétricos (EVs), a GM registrou aumento de 111% nas vendas desses modelos em comparação com o segundo trimestre do ano anterior. A empresa alcançou 16% de participação no mercado norte-americano de EVs.
A Chevrolet se destacou como a segunda marca de veículos elétricos mais vendida nos Estados Unidos, com alta de 146% nas vendas no trimestre. O Equinox EV, modelo mais acessível da linha, figura como o terceiro elétrico mais vendido do país em 2025 até o momento.
No segmento de luxo, a Cadillac se posicionou como a marca elétrica mais vendida e ocupa o quinto lugar no ranking geral de EVs, considerando marcas premium e convencionais.
Perspectivas para o restante do ano
Mesmo sob pressão das tarifas e com os custos de transição para a eletrificação, a GM mantém expectativas de crescimento e ganhos sustentáveis.
A empresa não divulgou projeções detalhadas para os próximos trimestres, mas segue investindo na ampliação de sua linha de elétricos e na nacionalização de partes do processo produtivo, especialmente no setor de baterias.
A performance dos modelos a combustão, por sua vez, continua sendo um pilar importante para os resultados financeiros no curto prazo.
