Publicidade

Sistema híbrido flex é a eletrificação preferida no mercado brasileiro. Entenda!

Híbrido ou 100% elétrico, qual o caminho para a eletrificação dos carros no Brasil? Muita gente acha que o nosso mercado ainda está muito atrasado quando se fala em recarregar carro na tomada. Mas é fato que a eletrificação está acelerando por aqui, com um crescimento de 43% nas vendas em 2022.

Diferentemente de outros mercados, a tecnologia que domina por aqui é a de carros híbridos, principalmente aqueles que não precisam plugar na tomada. Dos 10 veículos eletrificados vendidos no Brasil, nove são híbridos (sendo apenas 1 plug-in) e apenas um é 100% elétrico.

Nesse ranking da eletrificação quem domina o Brasil é a Toyota, que tem o Corolla Cross Hybrid como líder e o Corolla Altis Hybrid na segunda posição. Para se ter uma ideia da vantagem dos japoneses nesse segmento, o SUV vendeu mais de 12 mil unidades entre janeiro e dezembro de 2022 e o sedã mais de 7 mil: a soma dos dois supera os emplacamentos de todos os oito eletrificados do TOP 10. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABEV).

Muitos critérios podem justificar a liderança da Toyota, mas vamos focar em uma das tecnologias escolhida pelos japoneses para a eletrificação de sua frota no mundo e no Brasil. O sistema full hybrid, ou híbrido completo, não é o mais barato nem o mais moderno, mas é o que entrega melhor custo-benefício, principalmente para um mercado como o nosso, com pouca infraestrutura para recarga de carros elétricos.

Custo-benefício

Muitas montadoras vêm apostando no híbrido-leve, que tem uma pequena bateria de 48V que entrega energia para auxiliar o motor a combustão. Apesar de ser o sistema mais barato, ele não garante grandes resultados de eficiência energética.

Por isso o sistema que mais agradou os brasileiros foi o híbrido completo, desbravado por aqui pela Toyota. A marca, aliás, foi a primeira a lançar o sistema híbrido flex com etanol no mundo, primeiro com o Corolla Altis Hybrid e na sequência com o Corolla Cross Hybrid.

Esse sistema tem melhor custo-benefício para o consumidor primeiramente por não custar tão caro como o plug-in e também por não demandar de recarga na tomada. Além do mais, entrega autonomia combinada semelhante e, às vezes, superior aos modelos híbridos plug-in.

Mas como funciona?

O sistema híbrido do Corolla Cross combina três motores, dois elétricos e um a combustão com tecnologia flex e transmissão hybrid transaxle. Ele combina um motor 1.8L VVT-i 16V de ciclo Atkinson flex, com 101 cv de potência a 5.200 giros quando abastecido com etanol, e 98 cv também a 5.200 rpm, quando abastecido com gasolina, e 14,5 kgfm de torque a 3.600 rpm (abastecido com etanol ou gasolina). Esse motor funciona em conjunto com dois motores elétricos (MG1 e MG2) de 72 cv de potência e 16,6 kgfm de torque, garantindo aceleração suave e conforto ao rodar em qualquer tipo de condução.

A bateria híbrida de níquel-hidreto metálico, responsável por alimentar o motor elétrico do Corolla Cross, está localizada embaixo do banco traseiro, contribuindo para a redução do centro de gravidade e aprimorando a estabilidade na condução do veículo, sem comprometer o espaço interno para os ocupantes.

A transmissão Hybrid Transaxle funciona através de planetária com engrenagem, praticamente eliminando perdas e atritos. Este tipo de transmissão entrega uma aceleração mais linear, que reduz ou aumenta continuamente as marchas de acordo com a demanda do motor, sem desperdiçar energia, contribuindo para a eficiência de combustível.

O Corolla Cross possui sistema de freios regenerativos, que acumula a energia cinética gerada pelas frenagens e a transforma em energia elétrica, alimentando a bateria híbrida. Isso garante maior autonomia ao modelo no modo elétrico, também contribuindo para economia de combustível.

Sobre esse tema, segundo o INMETRO, o Corolla Cross híbrido é capaz de rodar 13,9 km/l na estrada e 17 km/l na cidade quando abastecido com gasolina. Com etanol, o modelo roda 9,6 km/l na estrada e 11,8 km/l na cidade.

Em nossos testes com o Corolla Cross Hybrid na cidade os números foram mais generosos. Abastecido com gasolina, o SUV fez uma média de 18,3 km/l em vários dias de trânsito caótico do Recife. São números que garantem menos idas ao posto para abastecer o carro.

Publicidade

Artigos Recentes

Publicidade
Publicidade