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Será que o Jetta GLI é melhor que o Golf GTI? A gente testou e responde

São Paulo – Desde o lançamento da 7ª geração do Jetta, em setembro do ano passado, a cobrança pela chegada de uma versão com motor 2.0 turbo – como havia na geração anterior – era grande entre os clientes e fãs do sedã da Volkswagen. A montadora demorou 10 meses para atender ao anseio dos entusiastas, mas parece que o tempo foi bem gasto pelos engenheiros e designer da Volks. O Jetta GLI é quase tudo que todos esperavam da versão esportiva do modelo.

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A novidade complementa a linha Jetta no país, sendo posicionada acima das configurações R-Line, Comfortline e 250 TSI. A configuração GLI (R$ 144.990) é a única na linha Jetta equipada com motor 350 TSI, com 230 cv. São 80 cv a mais do que o motor 250 TSI, de 150 cv, que equipa as demais versões. O Jetta GLI acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e a velocidade máxima é de 250 km/h.

No caso do GLI, a proposta de design foi deixar o modelo com a aparência mais baixa e dar uma atitude única ao sedã esportivo. A parte inferior do veículo é toda contornada por elementos escuros e as rodas de 18 polegadas (pneus 225/45 R18) têm estilo dinâmico (direcional), ou seja, não são simétricas, o que resulta em um visual exclusivo e em harmonia com a proposta do veículo.

Destaque para o para-choque dianteiro – exclusivo para essa versão – com design mais esportivo, para a grade superior com elementos em formato de colmeia e para o friso horizontal vermelho conectando os faróis. A barra que conecta a parte superior dos faróis, cromada nas demais configurações, é preta no Jetta GLI. Já a parte inferior dos faróis é unida por um filete vermelho, evidenciando o DNA esportivo.

Falando em faróis, o conjunto Full LED do Jetta GLI tem design diferenciado em relação às demais versões, dando ainda mais personalidade ao modelo. Na traseira chamam a atenção o difusor na parte inferior e o aerofólio na tampa do porta-malas, ressaltando a proposta do modelo. A saída dupla de escape cromada e os logotipos do modelo em vermelho complementam o conjunto. As pinças de freio são pintadas em vermelho.

Modelo mais esportivo da sétima geração do sedã, o Jetta GLI mantém as proporções da linha. São 4.709 mm de comprimento, 1.799 mm de largura, 1.478 mm de altura e 2.680 mm de entre eixos (o que garante ótimo espaço interno). O porta-malas tem capacidade de 510 litros.

ACELERANDO

Visual diferenciado com elementos exclusivos, equipamentos de tecnologia de série (apenas o teto solar é opcional por R$ 5 mil), mas tudo isso não é o que mais empolga no novo Jetta GLI. É na hora de acelerar que o sedã dá um show.

Ao apertar o botão de partida você já fica sabendo que não tem em mãos apenas um sedã familiar. A esportividade está no som do motor e no primeiro contato do pé direito com o acelerador. O torque máximo (35,7 kgfm) está disponível desde as 1.500 rotações. Isso significa uma saída bem ágil. Isso no modo normal de condução.

No Jetta GLI, o condutor pode escolher entre 4 modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual). Quando você aciona o modo esportivo, o sedã se transforma. O painel digital ganha o tom vermelho nos indicadores, como também a iluminação interna de LED muda de cor. Isso é sutil diante do que acontece com o comportamento do carro.

Aquela saída que já era rápida se torna brutal. O ronco até então educado torna-se malcriado e invade a cabine sem pedir licença. Mas ninguém reclama. Acelerar o Jetta GLI no modo Sport é algo que não se sente em nenhum outro sedã dessa faixa de preço no Brasil. Ouso até dizer que ele é melhor que o Golf GTI. Não mais divertido, mas sim mais completo, pois reúne bem a esportividade do hatch, a elegância de um sedã premium e o conforto de uma suspensão que deixa o modelo mais agradável para o dia a dia. É uma fórmula que beira a perfeição.

Mas será o Jetta GLI perfeito. Não! Ainda não inventaram esse carro. A falta de saída de ar-condicionado para os passageiros de trás é uma falha grande nessa categoria de automóvel. Era algo que a geração anterior tinha e que foi eliminado. O preço também não é nada convidativo.

O GLI corrigiu algumas ausências das outras versões, como o ajuste elétrico do banco do motorista e o paddle shift para mudança de marchas atrás do volante. Será isso suficiente para alavancar as vendas do sedã?

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