A presença de mulheres na categoria A (motocicletas) está crescendo mais a cada dia. Em 10 anos, essa participação do público feminino com as duas rodas cresceu 75,5%. Os dados são do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e foram analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Em 2013, 5.024.139 mulheres estavam habilitadas. Atualmente, 8.884.345 pessoas do gênero feminino têm CNH do tipo A. Apesar do crescimento, as mulheres ainda são minoria e representam apenas 24% dos habilitados. Há 10 anos atrás, a porcentagem era de 20,2%.
A motocicleta pode ser usada para diversos tipos de uso e, até mesmo, como profissão. É o caso de Josilda Maria Maciel (46 anos) e Karime Abrão (42), que transformaram o amor pelas motocicletas em profissão.
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Nascida em Tracunhaém, cidade do interior de Pernambuco, Josilda fez parte da primeira turma do curso de Motofretista, promovido pelo SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). “Éramos eu e mais uma garota”, relembra. “Ainda existe preconceito, mas acredito que avançamos bastante e, com muita competência, conquistamos nosso espaço”, acrescenta.
Paulista de Ribeirão Preto, Karime tem opinião semelhante. “Provamos nossa capacidade”, diz, orgulhosa. “No primeiro dia de trabalho, até chorei porque não conseguia chegar a um endereço e entregar um documento”, relembra, aos risos. “Mas, sou persistente. Nasci para encarar e superar desafios”, ressalta.
Faixa etária
Independente do gênero, a faixa etária que concentra o maior número de habilitados é entre 31 e 40 anos. Só as mulheres, nessa faixa, são 7.790.504.
Segundo dados do IBGE/Denatran, no Brasil, para cada oito mulheres uma está habilitada para conduzir uma motocicleta. Na análise de preferência por modelos, a motoneta é a categoria mais procurada pelo público feminino (69%).
