Desde a inauguração do Polo, em 2015, a Stellantis vem construindo um movimento para atrair novas empresas para a região. Inaugurado com um Parque de Fornecedores, foi traçada uma estratégia para aumentar esse número e atrair outros fornecedores para além do município, proporcionando a oportunidade de desenvolvimento regional de forma mais ampla.
O volume anual de vendas atual destas empresas à Stellantis é de R$ 6.1 bilhões, o equivalente a 50% do valor total de compras de componentes nacionais utilizados na produção dos modelos Fiat Toro e Jeep Renegade, Compass e Commander, que são fabricados em Goiana.
Em 2024, a Stellantis anunciou um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões para o período de 2025 a 2030, destinado ao Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco. Os recursos serão aplicados no lançamento de novos produtos, na expansão da cadeia de fornecedores e no desenvolvimento e nacionalização de tecnologias que acelerem a descarbonização da mobilidade.

O aporte também trará impactos positivos sobre todo o entorno, gerando empregos, estimulando a indústria, o comércio, os serviços, a educação e a qualidade de vida de toda a região, e trazendo novas perspectivas de futuro para as pessoas.
Parceira da Stellantis, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) ressalta que o Polo causa um impacto gigante na economia regional. “Nossa exportação passou a ter valor agregado e também passou a acontecer dentro das regiões do próprio país. Já exportamos mais de 250 mil veículos e na geração de empregos somamos 15 mil postos de trabalho e um impacto estimado de 60 mil empregos em toda a cadeia produtiva”, explica o presidente da Adepe, André Teixeira Filho.

Ações coordenadas entre diferentes órgãos públicos e privados têm sido fundamentais para consolidar o Polo Automotivo de Goiana como referência nacional.
Um dos principais instrumentos de fomento é o Programa de Desenvolvimento do Setor Automotivo do Estado de Pernambuco (Prodeauto), que oferece benefícios fiscais como crédito presumido de ICMS para empresas que se instalam na região. Além disso, o governo estadual tem investido em infraestrutura, com melhorias em rodovias e na rede elétrica, além de parcerias com instituições de ensino para garantir mão de obra qualificada.
“O setor automotivo representa um movimento de desconcentração da indústria no Brasil, saindo do eixo Sul-Sudeste. A prorrogação dos incentivos fiscais até 2032 é essencial para manter essa competitividade”, complementa Teixeira Filho. Atualmente, a Stellantis opera com 39 fornecedores no nordeste, mas a expectativa é que esse número chegue a 100 nos próximos anos.
Outro diferencial da operação em Goiana é a logística eficiente proporcionada pela proximidade entre fornecedores e fábrica. Isso permite entregas rápidas, redução de custos e maior agilidade na produção, além de facilitar a colaboração técnica entre os diferentes elos da cadeia produtiva.

Para os próximos dez anos, o foco está em inovação e sustentabilidade. “Estamos atentos às mudanças da indústria, como os veículos híbridos e elétricos, e à economia verde. Continuaremos investindo em desenvolvimento tecnológico e na expansão da cadeia de fornecedores”, reforça o presidente da Adepe.
Ele ainda destaca que o diálogo com a Stellantis e entidades como Fiepe, Sebrae e Atitude Pernambuco será fundamental para que o Estado siga conquistando protagonismo no setor automotivo brasileiro.





