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Nissan corta 9 mil empregos e reduz produção global

A Nissan anunciou uma série de medidas para enfrentar um cenário econômico desafiador, incluindo o corte de 9.000 empregos e a redução de 20% na capacidade de produção global. A montadora japonesa também revelou que reduzirá sua participação na Mitsubishi, vendendo 149 milhões de ações da parceira, o que diminuirá sua fatia na empresa de 34,07% para um valor menor. Além disso, o CEO Makoto Uchida confirmou que alguns dos 30 novos modelos planejados no âmbito do plano The Arc podem sofrer atrasos.

As medidas fazem parte de um esforço para adaptar a empresa às dificuldades enfrentadas nos últimos meses, em especial no que diz respeito à previsão de vendas. Uchida admitiu que as metas de crescimento da Nissan haviam sido excessivamente ambiciosas, levando a ajustes nas projeções financeiras da empresa.

A Nissan, que registrou uma perda líquida de 9,3 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 61 milhões) no terceiro trimestre de 2024, agora revisou sua previsão de receita para 12,7 trilhões de ienes (cerca de US$ 83 bilhões) no ano fiscal. A expectativa de vendas também foi reduzida de 3,7 milhões de veículos para 3,4 milhões de unidades.

Os 9.000 cortes de empregos representam cerca de 6,7% da força de trabalho global da Nissan. A reestruturação afetará diferentes regiões, mas a montadora afirmou que parte desses cortes será realizada por meio de programas de separação voluntária.

Brasil

Procuramos a Nissan do Brasil para saber sobre os impactos, mas a montadora disse que não tem nenhum posicionamento até o momento.

A fabricante, no entanto, ressaltou que vem atingindo recordes de vendas do Brasil. Até outubro de 2023, a Nissan havia emplacado 52.493 unidades. No mesmo período deste ano, a montadora elevou as vendas para 66.375 emplacamentos. 

Produção global

Embora a empresa tenha reduzido a produção global, a montadora afirmou que continuará com o desenvolvimento de novos modelos, incluindo os 30 carros planejados, mas com um possível atraso no cronograma.

A redução nas previsões de lucro da Nissan é significativa. A empresa agora espera uma queda de 70% nos lucros anuais, revisando sua meta de 150 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 975 milhões) para apenas 45 bilhões de ienes (cerca de US$ 290 milhões). Para o CEO, essa revisão reflete a necessidade de ajustar a empresa às condições econômicas e ao desempenho abaixo do esperado no mercado.

Uma das áreas em que a Nissan reconheceu estar atrás da concorrência é no desenvolvimento de veículos híbridos, especialmente no mercado dos Estados Unidos, onde a demanda por esses modelos permanece alta.

O CEO da empresa anunciou que a marca está trabalhando para acelerar o desenvolvimento de novos carros híbridos e melhorar a flexibilidade no lançamento de modelos, reduzindo o tempo de desenvolvimento para 30 meses.

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