A Nissan anunciou oficialmente o encerramento das atividades da fábrica CIVAC, localizada em Cuernavaca, no México. A unidade, que está em operação desde 1966, encerrará suas atividades até março de 2026 como parte de uma reestruturação global da montadora japonesa.
A planta CIVAC foi a primeira fábrica da Nissan fora do Japão e se tornou um marco da produção automotiva internacional da empresa. Com mais de seis milhões de veículos produzidos ao longo de sua história, a unidade atualmente fabrica modelos como o Nissan Versa, Frontier e NP300/Navara.
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Estratégia global de reestruturação
O encerramento da CIVAC está alinhado ao plano Re:Nissan, que prevê uma redução da capacidade global de produção da marca de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano. Como parte desse processo, sete fábricas da empresa ao redor do mundo serão fechadas.
Segundo a Nissan, a produção atualmente realizada em Cuernavaca será gradualmente transferida para a planta de Aguascalientes, também no México, que passará a concentrar as operações no país. O objetivo da reestruturação é tornar as operações mais eficientes e sustentáveis, otimizando o uso das unidades restantes.
A fábrica CIVAC teve início com a montagem do Datsun Bluebird e expandiu suas operações ao longo das décadas, incluindo a produção de motores a partir de 1978. Em 1988, a Nissan alcançou a liderança de vendas no mercado mexicano, com a CIVAC contribuindo significativamente para esse desempenho.
Durante sua trajetória, a unidade também exportou veículos como o Nissan Tsubame para o mercado japonês e atingiu diversos marcos de produção: 1 milhão de unidades em 1988, 3 milhões em 2000 e mais de 6 milhões até 2019.
Ivan Espinosa, vice-presidente sênior de planejamento global de produtos da Nissan, destacou a importância histórica da planta no desenvolvimento das operações da empresa na América do Norte.
“Hoje, tomamos uma decisão difícil, mas necessária, que nos permitirá nos tornar mais eficientes, competitivos e sustentáveis. Ao longo desta transição, continuamos profundamente gratos pelas contribuições inestimáveis feitas por nossos colaboradores na Fábrica CIVAC”, afirmou o executivo.
Próximos passos da Nissan
A Nissan não informou quantos trabalhadores serão afetados diretamente pelo fechamento da unidade, mas afirmou que manterá diálogo com os sindicatos e autoridades locais durante o processo de transição.
Com o encerramento da fábrica de Cuernavaca, a empresa espera otimizar seus recursos e aumentar a taxa de utilização das plantas que continuarão operando globalmente.
