Em um movimento estratégico para otimizar suas operações no Brasil, a JAC Motors está implementando um novo modelo de vendas e pós-venda. Nas cidades onde a montadora não possui uma concessionária física, a empresa firmará parcerias com oficinas credenciadas, que assumirão a responsabilidade por todo o atendimento pós-venda. Recentemente a marca fechou sua concessionária no Recife e deverá seguir com o plano das oficinas.
O empresário Sérgio Habib, que comanda a JAC no Brasil, fez uma capacitação com os donos de oficina. Com isso, ele vai eliminar o custo fixo de todas as lojas de rua, o que pode melhorar a situação da JAC, que vem passando por ajustes e apertos financeiros.
Em Recife, a loja fechou as portas e, por enquanto, o atendimento do pós-venda foi direcionado à uma oficina credenciada, localizada na Av. José Gonçalves de Medeiros, 1001, Madalena, Zona Oeste da capital pernambucana. Vale salientar que existe previsão para a abertura de uma concessionária em um outro ponto, mas ainda sem previsão.
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Segundo a assessoria da marca, as oficinas não vão substituir as concessionárias. Elas serão um complemento nas cidades onde a JAC não atua. “Cerca de 250 mecânicos já foram treinados em eletromobilidade pela área de pós-venda da JAC”, destacou a fabricante chinesa. Mas precisamos saber como vão operar com as baterias.
Vale destacar que apesar disso, as oficinas também poderão atender todas as outras marcas normalmente. Serão 110 pontos espalhados ao redor do Brasil e todos terão carregadores para os carros elétricos, que poderão ser usados por quaisquer marcas.
Para os locais que não contam com concessionária, todo o trâmite poderá ser feito de maneira online. A entrega do automóvel, assim como a parte de assistência técnica e serviços de pós-venda será feito na oficina parceira da JAC ou certamente na casa do cliente.
A JAC no Brasil
Vale destacar que a JAC Motors já chegou, inclusive, a anunciar uma fábrica em Camaçari, na Bahia, mas o projeto foi cancelado. Lembram do J3 enterrado?
Início: A JAC chegou ao país com o J3, modelo que se popularizou como o “carro do Faustão. No mesmo ano, anunciou uma fábrica com investimento de R$ 1 bilhão e produção de 100 mil carros por ano.
Problemas: Atrasos nas licenças, clima e mudanças fiscais do Brasil que conhecemos dificultaram o projeto. O plano não passou da fase de pedra fundamental.
Fim de um sonho: Desistência oficial e devolução do terreno.
Quando olhamos os 50 automóveis mais vendidos do Brasil, no primeiro semestre deste ano, a JAC sequer aparece no ranking. Atualmente, a montadora conta apenas com automóveis elétricos no portfólio, mas Habib já anunciou uma picape a combustão que chegará nos próximos meses.