Quando a Peugeot lançou a primeira geração do 208, em 2012, a imprensa europeia classificou o modelo como uma “pequena revolução francesa”, tamanho foi o salto de inovação tecnológica e de design. O resultado foi o prêmio de “Carro do Ano” na França e um sucesso absoluto de vendas no Velho Continente. Quando chegou ao Brasil, em 2013, o 208 também teve forte impacto, principalmente porque tinha por aqui concorrentes como Gol, Palio e Fiesta.
A segunda geração vem seguindo os mesmos passos na Europa: foi eleito o carro do ano em 2019 e é o carro mais vendido no continente entre os elétricos compactos. No Brasil, o novo 208 chegou há cerca de um mês, o que não nos permite avaliar seu desempenho nas vendas. Mas já é possível analisar que, em relação à inovação, o pequeno francês produzido na Argentina elevou o patamar do segmento dos hatches compactos.
Mais uma vez, a Peugeot acertou em cheio no design do 208. Desde as versões de entrada até a topo de linha, o visual do hatch é de fazer todos virarem o pescoço por onde passa. Por dentro, o acabamento da versão que testamos, a Griffe, faz jus à classificação de “premium” que poucos de seus concorrentes em sua faixa de preço podem obter.
É na tecnologia a bordo, entretanto, que o novo 208 se destaca mais. O modelo tem equipamentos de segurança e comodidade que antes só víamos em carros de luxo (entenda modelos acima dos R$ 200 mil).
O que logo salta aos olhos ao entrar no novo 208 é o painel digital que a Peugeot chama de i-Cockpit 3D. O cluster tem um que projeta todas as informações em diferentes camadas, o que proporciona um efeito 3D único no segmento.
Em relação à comodidade, temos o carregador de celular por indução e uma central multimídia prática com tela sensível ao toque de 7 polegadas que pode ser controlada usando o reconhecimento de voz.
Mas os itens de tecnologia que mais diferenciam o novo 208 são aqueles que não podemos ver na cabine. É a parte sensorial do compacto. O alerta de colisão com frenagem de emergência é um “anjo da guarda” que atua se o motorista não reagir com rapidez suficiente, acionando os freios. O sistema usa uma câmera multifuncional localizada na parte superior do para-brisas. É a mesma que reconhece as placas de velocidade. Um alerta é exibido no painel de instrumentos, ajudando o motorista a andar sempre dentro do limite e evitar multas.
A tecnologia de manutenção de faixa é outro item não vemos em outros carros dessa categoria. Ela detecta as bordas da estrada através de um sistema que monitora as marcações da pista. Se um desvio for detectado em uma marcação de faixa, o motorista é alertado no painel. O mais legal é que assim que o sistema identifica um risco de cruzar acidentalmente uma das linhas de marcação detectadas na pista, a direção é gradualmente corrigida para manter o veículo na faixa.
Outra praticidade proporcionada pela tecnologia do novo 208 é a assistência de farol alto. Se você estiver dirigindo à noite numa estrada escura, o farol alto é acionado automaticamente e se vier um outro carro em sua direção, ele baixa sozinho o farol para não ofuscar o outro motorista. Você não precisa ficar acionando a alavanca do farol para ter mais luminosidade. É bem prático.
Não podemos deixar de citar também que o novo 208 que testamos tem ar-condicionado digital, câmera de ré traseira com visão 180º, seis airbags e um sistema de som de qualidade premium.