O mercado de usados está operando em níveis pré-pandemia. Pelo menos é que aponta a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro trimestre de 2023, o acumulado de vendas mostra uma expansão de 6,2%. O aumento no segmento se dá, principalmente, pelo endividamento das famílias.
Ao todo, a transação de usados chegou a 3.357.290 unidades na soma de 2023. Somente os automóveis e comerciais leves foram responsáveis por 2,4 milhões desse montante. Em março, foram registrada 1.307.795 unidades transacionadas, alta de 32,2% sobre fevereiro e evolução de 9,9% sobre o resultado de março de 2022.
“No trimestre, as transações acumuladas de usados atingiram níveis pré-pandemia, o que mostra que o mercado vem consumindo mais carros usados, em função do endividamento das famílias, taxas de juros elevadas e restrição de crédito para a aquisição de veículos novos”, analisa o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
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Por segmento
As transações de automóveis e comerciais leves totalizaram 953.882 unidades em março. Os modelos usados, com até 3 anos de fabricação, representaram 9,1% do total transacionado no mês. No ano, estes veículos acumulam participação de 8,6%.
O segmento de caminhões registrou 32.576 transações e teve alta percentual sobre o resultado de fevereiro: evolução de 37,7%.
Já os implementos rodoviários apresentaram alta de 28,2% ante o mês anterior e seguem com número positivo no ano (alta de 14,1% no trimestre).
Os ônibus somaram 4.530 transações, resultado próximo ao de março de 2022 (4.481 unidades).
O segmento de motocicletas evoluiu 34,6% em março, o que permitiu que o acumulado do trimestre ficasse positivo em 2,5% – a categoria havia fechado os dois primeiros meses do ano com resultado estável em relação a 2022.