Os acionistas da Tesla aprovaram um novo pacote de pagamento para Elon Musk que pode chegar a US$ 1 trilhão, o maior da história corporativa. A proposta foi aprovada por cerca de 75% dos investidores e vincula o valor à obtenção de metas de longo prazo, sem salário fixo ou bônus convencional.
Para ter acesso total à compensação, o CEO precisará conduzir a Tesla a um valor de mercado de US$ 8,5 trilhões, ante os atuais US$ 1,4 trilhão. Também será necessário que a empresa alcance produção acumulada de 20 milhões de veículos, bem acima dos cerca de 8,5 milhões fabricados até hoje.
Outras metas envolvem 10 milhões de assinaturas do sistema de condução autônoma FSD (Full Self-Driving), a implantação de 1 milhão de robotáxis e a entrega de 1 milhão de robôs humanoides Optimus. O pagamento será feito de forma escalonada, por meio da concessão de novas ações da empresa. Se atingir todos os objetivos, Musk pode aumentar sua participação na Tesla de 13% para até 29% ao longo da próxima década.
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A decisão ocorre em um momento de desafios para a fabricante. As vendas de veículos têm registrado queda em mercados importantes, mesmo após atualizações recentes dos Modelos Y e 3. Os cortes de preço impactaram as margens de lucro, e a concorrência de marcas tradicionais e chinesas aumentou de forma significativa. O lançamento do Cybertruck também enfrenta dificuldades para manter a demanda esperada.
A Tesla responde ainda a processos judiciais relacionados a acidentes envolvendo o sistema de assistência ao motorista e a investigações sobre a segurança desses recursos. Além disso, estudos apontam que o posicionamento político de Musk teria afetado a percepção da marca entre consumidores.
Apesar do cenário de incerteza, investidores mantêm confiança na liderança do executivo. A expectativa é que Musk consiga transformar a Tesla em uma empresa de tecnologia voltada para mobilidade autônoma e inteligência artificial. A aposta inclui o desenvolvimento dos robotáxis e dos robôs humanoides, que podem ampliar a atuação da companhia além da fabricação de veículos elétricos.
Com o novo acordo, Elon Musk reforça seu papel estratégico na Tesla, que busca avançar em direção à automação total e diversificar suas fontes de receita nos próximos anos.
