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Elétricos mais caros? Alckmin diz que voltará a analisar antecipação de impostos

Goiana (PE) – Durante evento na fábrica da Stellantis, em Goiana (PE), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que voltará a analisar o tema sobre a antecipação do imposto de importação dos carros elétricos. “Há um pleito da Anfavea para antecipar esses 35%, isso vai ser analisado”, comentou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Contudo, uma fonte da reportagem, ligada ao setor dos eletrificados, afirmou que o ministro já tinha dito que a pauta não iria avançar, para não prejudicar a previsibilidade das empresas que estão desembarcando no Brasil. A fala da análise, entretanto, deixa a entender que o assunto ainda não foi encerrado. E por outro lado a Anfavea defende o “aumento imediato dos preços da concorrência estrangeira”.

A medida de tributação teve início em 1° de janeiro de 2024 para todos os eletrificados importados (híbridos e elétricos). De forma gradual, no caso dos carros híbridos, a alíquota do imposto começou com 15% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcança os 35% apenas em julho de 2026. Para híbridos plug-in, iniciou em 12% em janeiro de 2024, 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026. Para os elétricos, a sequência é 10% (janeiro de 2024), 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026).

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Vale lembrar que no fim de junho, houve uma reunião da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), seus dirigentes e uma comitiva de oito ex-presidentes com o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin. Na época, a pauta pedia a antecipação total dos 35% da alíquota de importação. O tributo por completo (35%), no entanto, está previsto para entrar em vigor em 2026.

Procuramos a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), mas a entidade disse que está em contato com o ministro e preferiu não se manifestar até que haja alguma decisão do governo federal. Ou seja, nem ABVE sabe ao certo. Ligamos também para a Anfavea, que disse estar em constante diálogo com Alckmin, mas que até agora o tema “não avançou em nada”.

Evento em Pernambuco
Alckmin esteve na planta da Stellantis, em Goiana, para uma solenidade que marca o início do abastecimento com etanol dos carros com motorização flex produzidos pelo Grupo.

Inicialmente, a ação será realizada com os modelos Jeep Renegade Flex T270 e Flex T270 4×4, Compass Flex T270 e Commander Flex T270, além da Fiat Toro Turbo T270 Flex. No próximo ano, a alteração de combustível acontecerá também com todos os veículos flex produzidos pela companhia.

A iniciativa, com início para os veículos produzidos no Polo Automotivo de Goiana, reduzirá mais de 2,1 mil toneladas de CO2 emitidas na queima de combustível do primeiro abastecimento. Na prática, isso representa uma diminuição de cerca de 87% em emissões.

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