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Dieselgate não acabou e tem Stellantis, Ford, Nissan e outras marcas envolvidas

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Cerca de 1,6 milhão de proprietários de veículos a diesel estão processando Mercedes-Benz, Ford, Renault, Nissan e Stellantis (Peugeot e Citroën) no Reino Unido, sob a acusação de uso de “dispositivos de derrota” para manipular testes de emissões de óxidos de nitrogênio (NOx).

O caso começou a ser analisado na última segunda-feira (13) pelo Supremo Tribunal de Londres e pode se tornar uma das maiores ações coletivas da história jurídica britânica.

De acordo com os autores da ação, os carros dessas marcas emitiriam quantidades de NOx muito superiores às registradas nos testes oficiais, quando avaliados em condições reais de uso. As emissões de NOx estão diretamente associadas à poluição atmosférica e a problemas respiratórios.

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O processo tem potencial para gerar bilhões de libras em indenizações e representa mais um abalo à imagem das montadoras envolvidas. A decisão também poderá ter impacto sobre outras marcas, como BMW, Jaguar Land Rover, Mazda, Toyota, Suzuki, Hyundai e Kia, que não participam diretamente da audiência inicial, mas poderão ser afetadas pelo resultado final.

O caso traz lembranças do escândalo Dieselgate, revelado em 2015, quando a Volkswagen admitiu o uso de software que alterava os resultados de emissões de seus veículos a diesel. Os advogados que representam os consumidores no Reino Unido afirmam que as montadoras teriam tomado uma decisão consciente de priorizar o desempenho e as vendas em detrimento da conformidade ambiental.

As empresas negam as acusações e sustentam que seus veículos atendem às normas vigentes. A Ford, por exemplo, classificou a ação como “cientificamente incorreta” e disse que seus motores cumprem os limites legais de emissões.

O julgamento seguirá em etapas. Nesta primeira fase, o tribunal vai analisar se os supostos dispositivos de derrota realmente existiram. Somente após essa definição será discutida a possível compensação financeira aos proprietários afetados.

A audiência preliminar deve ser concluída até o fim deste ano. Argumentos mais detalhados estão previstos para março de 2026, e o veredicto final pode ser anunciado no verão europeu de 2026.

Embora o mercado de carros a diesel tenha perdido força nos últimos anos, processos como esse mostram que as consequências da era do diesel ainda estão longe de ser completamente superadas.

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