As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 causaram estragos de grandes proporções, não apenas à infraestrutura e à agricultura, mas também ao setor automotivo. Somente nas rodovias federais, o conserto vai ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
“O trabalho do ministério de restabelecer o funcionamento das BRs e de suas respectivas construções vai, provavelmente, ultrapassar a casa de R$ 1 bi”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Vale lembrar que as inundações submergiram vários carros, motocicletas e caminhões, causando danos irreparáveis em muitos casos. A correnteza forte arrastou veículos, danificou estruturas e sistemas elétricos, tornando a recuperação inviável. Por meio das redes sociais, pudemos ver a cena caótica de carros boiando nas ruas e a frustração de perder seus meios de transporte.
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De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a frota circulante no RS engloba 2,8 milhões de unidades – é razoável considerar que 5 a 10% desses veículos estejam inutilizados. As informações são de um artigo da Bright Consulting, assinado por Cassio Pagliarini.
Portanto, podemos considerar que entre 140.000 e 280.000 veículos da frota circulante no Rio Grande do Sul estão inutilizados. Ainda segundo o artigo, serão necessários pelo menos 20 meses de vendas para repor os veículos perdidos. “Para veículos novos estocados nas concessionárias, provavelmente teremos 3 mil inutilizados pela inundação”, diz o documento da consultoria.
“Ponderando as cidades alagadas, estimamos que aproximadamente 60% das vendas deixarão de acontecer nos próximos 30 dias e 30% nos dois meses subsequentes. São 12 mil veículos que deixarão de ser comercializados”, explica o artigo.
Uma outra questão é que o acesso a indenizações das seguradoras também pode ser um processo lento e burocrático, agravando a situação dos sinistrados. Entramos em contato com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) para saber sobre a situação dos veículos acobertados, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno.
Chevrolet
Por conta das chuvas, vale lembrar que a Chevrolet suspendeu as atividades na fábrica de Gravataí, no Estado do Rio Grande do Sul. A justificativa se deu em razão das fortes chuvas que atingem o estado na região Sul do país. A produção do Onix e Onix Plus foi suspensa entre os dias 8 a 10 de maio. Também entramos em contato com a montadora para saber sobre as operações na fábrica.
“A General Motors informa que retoma gradualmente suas operações na fábrica de Gravataí (RS) no dia 20 de maio, em um turno. A empresa continua monitorando as condições e adequando a produção do complexo industrial alinhada também ao restabelecimento de fornecedores. Para a GM, neste momento, a prioridade é a segurança dos empregados, assim como as ações solidárias de apoio à comunidade e ao Estado do Rio Grande do Sul”, ressaltou a GM.