O maior salão da Alemanha não é mais o gigante que estávamos acostumados a desbravar. O IAA deixou Frankfurt e passou a ser realizado em Munique para se tornar um compacto que vou comparar para vocês. Fácil de entender quando se jogava a Champions League, em outro momento da indústria, e sai da competição para disputar o brasileirão da série A.
Nessa proporção de mudança mas cabendo aqui algumas considerações importantes, lançamentos pontuais e o mínimo de marcas, fabricantes, contra o máximo de fornecedores e gigantes da cadeia automotiva. O Salão da Alemanha virou uma grande rodada de negócios com exposição de tecnologias, dezenas delas do nosso conhecimento, e outras não. O IAA de Munique foi tomado pelos chineses, que pediram licença a Audi, BMW, Volkswagen, Mercedes e Porsche.
O grupo Volks reúne todo mundo em um só lugar, leva o que interessa mostrar de novo e destaca o futuro elétrico com o protótipo ID GTI, ID-7, Audi Q6 e-Tron e Porsche Mission X mais uma parte para os esportivos da Cupra. A Mercedes-Benz, com dois carros, em um acanhado estande, de pouco brilho, apresenta o conceito One 11 (111) e o E400 na combinação dos motores com 381 cv.
A BMW, musa da Baviera, se amostra com o Neuer Klasse, exibido na première do fim de semana, o i5 e o novo sedã, dono de exuberância visual e por dentro, rico em tecnologias, telas e bem-estar a bordo, o i7 na versão Protection, blindado de fábrica, com um nível de acabamento exemplar para as blindadoras brasileiras. Para finalizar o time alemão, o conceito Opel Experimental, Coupé futurista e pronto para usar a tomada.
Da Franca, apenas a Renault abriu espaço para o Scenic elétrico. Perguntei ao vice-presidente de vendas, Bruno Hohmann, sobre a chance do carro ser vendido no Brasil e ele respondeu que precisa consolidar bem o Megane. Primeiro ele para depois pensar na próxima pauta. Munique também não trouxe nada das marcas Sul-Coreanas ou japonesas. Alguns modelos em estandes de fornecedores de peças e equipamentos.
China
Da parte alemã o resumo para por aqui. Enquanto os chineses só começam a aparecer mais e mais. A Seres se mostrou tão grande quanto a BYD. A empresa trouxe toda a família de SUVs e foca o trabalho na apresentação do Seres 3 e Seres 7. Outra que se destaca é a Leap motor com seus modelos que começam com a letra C. Aí vem o CII Reev, C10, C11.
A BYD merece ser estudada. Os chineses da maior empresa de tecnologia da China, vão anunciar a pedra fundamental da fábrica de Camaçari, no mês de outubro, e até o final do IAA de Munique exibe o que poderá ser fabricado na Bahia. O Seal U, SUV do sedã que acabou de ser lançado no Brasil, tem a plataforma do Song Plus e deve ser opção para dar continuidade aos próximos passos do híbrido Song e elétrico Yuan. A marca poderá optar pela fabricação do veículo no país. O Seal SUV é de melhor acabamento comparado ao Song e se aproxima do topo da gama BYD, o Tan.
A BYD também traz a marca Denza, joint venture fundada em 2010 com a Mercedes-Benz. E na parte de dentro do seu estande expõe a van D9. Modelo plug in híbrido que tem a opção do EV como explica a marca.