O governo federal vai ampliar em mais R$ 300 milhões o crédito para a compra de carros de até R$ 120 mil. Com isso, já são R$ 800 milhões voltados aos automóveis. A informação foi divulgada pelo vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.
No Twitter, Alckmin disse que o programa está atingindo os objetivos. “Preservar empregos; facilitar o acesso da população a veículos seguros e eficientes; e provocar quedas de preço no mercado automotivo como um todo”, considerou.
O desconto patrocinado, no entanto, está atingindo, em grande parte, carros de maior valor, como os SUVs. Chamado, inicialmente, de carro popular, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) escreveu nas redes sociais “carros sustentáveis”.
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O programa, por enquanto, está voltado somente para pessoas físicas. Em meados de junho, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revelou que o fluxo nas lojas chegou a aumentar 260%.
O crédito fornecido pelas concessionárias será revertido em descontos nos impostos para as montadoras.
Reoneração
“Vai virar um programa de R$ 1,8 bilhão, ainda abaixo daquilo que falamos, de R$ 2 bilhões”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
De acordo com ele, a reoneração do diesel -necessária para compensar os créditos tributários concedidos às empresas -, não será sentida pelo consumidor na ponta. Isso porque, desde o anúncio do programa, já houve queda no valor do dólar e uma consequente queda no preço final do combustível.
Medida provisória
Segundo o MDIC, para referendar a medida, haverá a edição de uma nova Medida Provisória, que vale apenas para carros. Segundo o painel de dados lançados pelo MDIC, R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões em crédito tributário para a compra de carros já foram usados, ou 84% do total.