A BYD apresentou um pedido ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para pagar menos impostos no Brasil. As informações foram divulgadas, inicialmente, pelo Auto Data e confirmadas pela reportagem.
O pedido da empresa ao Ministério quer reduzir para 10% em vez de 20%, para importar kits de carros parcialmente montados (chamados de SKD).
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Normalmente, paga-se 20% de imposto para importar esses kits, mas a BYD quer pagar só 10%, no regime supracitado. Os kits são partes de veículos que serão finalizados aqui, em Camaçari (BA).
A proposta ainda pede uma redução para o sistema CKD, com uma alíquota de 5% até 30 de junho de 2028, para carros híbridos e elétricos.
Regime CKD e SKD
No regime CKD, o veículo é importado totalmente desmontado em peças. A montagem final acontece na fábrica local, o que permite maior nacionalização e pode gerar incentivos fiscais.
No regime SKD, o veículo chega parcialmente montado — normalmente com motor, transmissão ou carroceria já acoplados. A montagem final é feita no país de destino, mas com menor complexidade que no CKD.
Anfavea critica medida
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também se pronunciou sobre o assunto durante coletiva de imprensa sobre os números do último trimestre.
“Isso é um ataque à produção local, aos investimentos e empregos”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
Para o executivo, o governo deve acompanhar o pleito, mas ele detalha que isso “impactará nos investimentos na veia”.
A reportagem entrou em contato com a BYD para colher mais detalhes sobre o assunto. Porém, até a publicação da matéria não obtivemos retorno.
O MDIC, também não respondeu os questionamentos feitos pela reportagem, através de e-mail enviado ao canal oficial do Ministério.