Durante as chuvas no Rio Grande do Sul, os carros ficaram cobertos pelos alagamentos. Não era difícil encontrar uma cena onde um carro não aparecesse. E quando ele aparecia, estava coberto d’agua.
Os prejuízos, porém, também tiveram efeitos na produção de automóveis. Sozinho, o Rio Grande do Sul representa 5% do total do mercado nacional.
Segundo um levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos, em maio, fechou com queda de 24,9%, na comparação com o mês de abril.
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“Greves de algumas fábricas e a operação-padrão de funcionários do Ibama e do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), responsáveis por liberações ambientais de veículos e contêineres de componentes, também tiveram efeito negativo sobre a produção”, diz a Anfavea.
A planta da Chevrolet, em Gravataí (23 km de Porto Alegre), foi um dos locais prejudicados. Ficou fechada por quase duas semanas. No local, a GM produz o Onix e Onix Plus, ambos estão no ranking dos carros mais vendidos do Brasil.
A produção de pesados, ao contrário da de veículos leves, trouxe boas notícias em maio. A de caminhões superou a marca de 50 mil unidades no ano, com elevação de 30% sobre os primeiros cinco meses de 2023. Já os mais de 12 mil ônibus produzidos no período representam o melhor resultado acumulado para o segmento desde 2015
Embora os números absolutos de emplacamentos tenham apresentado retração em relação a abril, este foi o melhor maio em média diária de vendas desde 2019, com 9.250 unidades emplacadas por dia.
Greve
Além da GM, a Renault também ficou parada, mas por um motivo diferente. Entrou em greve e, por 29 dias, os funcionários deixaram de produzir em São José dos Pinhais. Kwid, Stepway, Kardian, Oroch e Duster são feitos na planta.