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O dia seguinte nas revendas Ford

Imagine como foi o dia seguinte da notícia que abalou o mercado automotivo nacional, motivou opiniões políticas e econômicas e até mesmo uma declaração em vídeo do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a saída da Ford (ela não saiu) e o debate sobre os benefícios fiscais recebidos pelo fabricante. O tema continuou em alta nos sites, tvs e redes sociais.

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As concessionárias da marca, de ressaca, devolveram dinheiro e aceitaram cancelamento de pedidos dos clientes que ficaram com “medo” das negociações das vendas realizadas entre sábado e segunda-feira.

Assim começou e vai terminar o dia para os lojistas, associados da Abradif. Eles foram comunicados cerca de cinco minutos antes da carta à imprensa, no dia de ontem. Material que vou guardar como ponto na história da indústria brasileira. A secular Ford parando de fazer carros por aqui.

Os clientes, logo cedo, personagens na porta das lojas também pediram mais explicações e outra parte, o investimento de volta para procurar e a concorrência. Porque os outros fabricantes vão disputar uma fatia aproximada de 100 mil unidades de Ka e Ecosport que deixarão de ser emplacados em 2021. Base de cálculo dos números do ano passado. E nesse caso vai sobrar para todo mundo.

Um consultor, que preferiu não se identificar, falou que o cliente ligou às 3h30 da manhã para o seu celular, logo que ele acordou ouvindo a notificação do aplicativo de mensagens: “preciso encontrá-lo amanhã na loja, vou desfazer o negócio”. E o fato aconteceu. O vendedor, perdeu o sono, a venda e lamentou o fato transferindo o fechamento para outra marca e um novo veículo oferecido pelo grupo que representa.

Por outro lado, várias dezenas de pedidos foram mantidos pela rede autorizada em função dos argumentos do capital humano, da revendedora, da garantia do plano de serviço e pós-venda que o fabricante firma e irá cumprir com todos os prazos legais.

Ecosport e Ka deixarão duas lacunas no mercado. Reforço que em 2018 a montadora, nos Estados Unidos, já tinha direcionado seu portfólio de produtos para SUVs, Trucks (picapes) e comerciais leves. Mas cá pra nós, adivinhar a despedia do Eco, e a não sucessão do produto, pegou o setor inteiro de surpresa.

Reforço que outros fabricantes, de menor porte, devem seguir o mesmo caminho da montadora norte-americana no Brasil.

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